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Dólar acompanha melhora externa e fecha em baixa

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Por Silvio Cascione
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A resposta positiva dos mercados internacionais a indicadores norte-americanos proporcionou a queda do dólar nesta quarta-feira. A moeda norte-americana terminou o dia a 1,798 real, em baixa de 0,61 por cento. No mês, o dólar exibe alta de 0,22 por cento. O mercado de câmbio repercutiu o ânimo das principais bolsas de valores estrangeiras após dados mais fortes que o esperado sobre a economia dos Estados Unidos. Ainda que o forte desempenho do emprego privado e da produtividade nos EUA tenha diminuído a chance de um corte do juro em 0,50 ponto pelo Federal Reserve, o mercado se sentiu aliviado com a noção de que o crescimento econômico não está sendo tão afetado pela recente crise financeira. À tarde, os principais índices de Wall Street subiam mais de 1 por cento, o risco Brasil caía levemente e o dólar subia ante o euro e o iene --refletindo a maior confiança dos investidores no desempenho da maior economia do mundo. Segundo Renato Schoemberger, operador da Alpes Corretora, a queda do dólar foi limitada apenas por fatores internos. "Deveria estar (caindo) mais... Os números que saíram de inflação (no Brasil) acho que não foram muito bons... e não deve ter muita entrada, não está com muita liquidez", afirmou. Pela manhã, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgou que o Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 1,05 por cento em novembro, acima da expectativa de analistas. O fluxo cambial positivo, por sua vez, é tradicionalmente afetado em finais de ano pelo aumento das remessas de lucros e das importações. "O cenário aqui dentro não está muito legal. Tem muito papo de volta da inflação, (não-prorrogação da) CPMF. Aqui dentro o pessoal começou a ficar com um pouco mais de atenção para precificar esses ativos", acrescentou o operador.

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