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Dólar ajuda a reduzir preço da energia elétrica

Por Alaor Barbosa
Atualização:

As tarifas de energia elétrica para o consumidor residencial em junho estavam 0,51% abaixo das observadas em março, conforme dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). É a primeira vez, nos últimos dez anos, em que as tarifas registram queda em termos nominais, refletindo a decisão da Aneel de repassar para o consumidor alguns ganhos do sistema elétrico nos últimos anos. Uma das causas está a queda do dólar em relação ao real, que reduz as tarifas de Itaipu, cujas faturas são expressas na moeda norte-americana. A maior hidrelétrica do mundo é responsável por 20% do consumo nacional. Outro fator foi a redução dos subsídios ao sistema isolado na região amazônica, na Conta de Consumo de Combustíveis (CCC). Além do setor residencial, a área rural também viu suas tarifas de junho se reduzirem em 3,73% em relação a março. Nos outros seis segmentos (industrial, comercial, poder público, iluminação pública, serviço público e consumo próprio), as tarifas de junho estavam acima do observado no final do trimestre anterior. Na média, computando-se os oito segmentos, houve aumento de 0,54% no segundo trimestre deste ano, com a tarifa atingindo R$ 433,15 por MWh. No trimestre entre abril e junho, a Aneel anunciou a redução expressiva nas tarifas de algumas distribuidoras, inclusive a Eletropaulo e a Elektro, em São Paulo. No acumulado no semestre, porém, os dados da Aneel mostram aumento nas tarifas de energia elétrica para todos os oito segmentos, com reajuste de 2,89%, na média. Esse percentual está acima da inflação observada no semestre, que atingiu 2,08% pelo índice IPCA, utilizado pelo Banco Central como referencial para a meta de inflação. A Aneel manteve a estratégia de "salgar" mais as tarifas do setor industrial, que subiram 4,43% até junho, em relação à média do final do ano passado. O segmento de serviços públicos teve reajuste de 2,94% no semestre, vindo em seguida o setor rural, com 2,75%. Já os menores reajustes no semestre foram para o consumo próprio, em que o aumento médio atingiu 0,37% em relação a dezembro. A iluminação pública teve reajuste de 1,04% no semestre, enquanto os estabelecimentos comerciais registraram aumento de 1,40% no período. Os consumidores residenciais, por sua vez, encerraram o semestre pagando 1,88% acima do observado em dezembro, apesar da queda observada no trimestre entre abril e junho.

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