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Dólar bate recorde de alta e Bolsa despenca

O dólar comercial atingiu nova máxima às 14h40, em R$ 2,8400 na ponta de venda dos negócios. Essa é a cotação mais alta desde a desvalorização do real em 1999. A Bovespa está em queda de 5,56%. O risco-país chegou a 1.750 pontos.

Por Agencia Estado
Atualização:

O dólar comercial atingiu nova máxima às 14h40, em R$ 2,8400 na ponta de venda dos negócios. Essa é a cotação mais alta desde a desvalorização do real em 1999. De lá para cá, o patamar máximo foi alcançado em 21 de setembro de 2001, quando a moeda norte-americana foi vendida a R$ 2,8350. A alta de hoje, até agora, é de 2,53% em relação aos últimos negócios de ontem. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) está no patamar mais baixo do dia, em 10.302 pontos, acumulando uma queda de 5,56%. No mercado de juros, a taxa de juros anualizada de swap (troca) de juro prefixado para 30 dias por CDI over está em 19,49% ao ano, frente a 19,00% ao ano ontem. Já os contratos de DI futuro com vencimento em janeiro de 2003, negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) pagam taxas de 25,400% ao ano, frente a 24,200% ao ano ontem. O que está pesando de forma muito negativa é a crise de confiança do investidor. Com o elevado endividamento do País e a mudança de governo no início do próximo ano, crescem as incertezas em relação à capacidade de pagamento das dívidas do país. Esse sentimento é percebido pela escalada da taxa de risco-país, que mede a confiança do investidor estrangeiro. Essa taxa é calculada pela diferença entre os juros norte-americanos e as taxas pagas pelo governo em seus títulos. No pior momento do dia, o risco país chegou a 1.750 pontos. Isso significa que os juros brasileiros estão 17,5 pontos porcentuais acima da taxa norte-americana. Para piorar a situação, o secretário do Tesouro dos EUA, Paul O´Neill, disse que fará oposição a eventual nova ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI) ao Brasil. O´Neill afirmou ainda que os atuais problemas enfrentados pelos mercados brasileiros têm motivação política. A partir daí, o C-Bond, principais títulos da dívida brasileira, atingiu nova mínima, a 55 centavos por dólar, queda de 5,9% em relação ao fechamento de ontem. Mercados internacionais Em Nova York, o Dow Jones - Índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - fechou em queda de 1,36%, e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - fechou em baixa de 2,14%. Na Argentina, o dólar oficial fechou a 3,66 pesos para a venda, em alta de 2,0%. O índice Merval da Bolsa de Valores de Buenos Aires fechou em alta de 6,75%. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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