
22 de maio de 2009 | 17h06
A moeda norte-americana fechou com baixa de 0,59 por cento, cotada a 2,026 reais para venda. Na semana, o dólar acumulou depreciação de 3,9 por cento e, no mês, queda de 7,1 por cento.
Globalmente, o dólar também se desvalorizava, chegando durante a manhã a atingir a mínima do ano frente a uma cesta com as principais divisas mundiais.
"O que a gente vê é que todo mundo está eufórico com o Brasil por conta da liquidez, e contra ela não tem o que fazer. Sabemos que existe uma força de queda do dólar", avaliou Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora de Câmbio.
Desde 2 de março --quando alcançou 2,443 reais para venda, cotação máxima do ano-- a divisa norte-americana acumula recuo de 17,1 por cento.
Galhardo considera que a boa imagem do Brasil no cenário internacional tem contribuído para que investidores se voltem para a bolsa de valores e para os rendimentos com os juros.
Espelhando esse otimismo com a economia brasileira, as compras líquidas de ações por estrangeiros somaram 4,2 bilhões de reais até o dia 18, último dado disponível. No acumulado em 2009, o fluxo positivo chega a 9,3 bilhões de reais.
O gerente de câmbio citou os juros brasileiros como outro atrativo para os estrangeiros. Apesar dos recentes cortes do Banco Central, a taxa básica ainda é de dois dígitos, 10,25 por cento, elevada se comparada àquelas praticadas em países desenvolvidos.
Em meio a esse cenário, o Banco Central voltou a realizar leilões de compra de dólares no mercado à vista a partir do último dia 8 .
Nesta tarde, novamente o BC voltou ao mercado, comprando cerca de 80 milhões de dólares, de acordo com estimativas do mercado. O cálculo do mercado é que, desde que retomou os leilões, o BC tenha comprado cerca de 2,3 bilhões de dólares.
Desde o último dia 7, as reservas internacionais cresceram em 2,756 bilhões de dólares, de acordo com dados do Banco Central.
No front acionário, as bolsas de valores de Nova York testavam a estabilidade, com investidores se apegando a ações de companhias multinacionais por acreditarem que o dólar mais fraco favorecerá os lucros dessas empresas.
No Brasil, a Bovespa exibia mais fôlego e avançava perto de 1 por cento.
No mercado de câmbio doméstico, segundo os últimos dados da BM&F, o volume de dólar negociado no segmento à vista girava em torno de 2 bilhões de dólares.
(Reportagem de José de Castro, com reportagem adicional de Aluísio Alves)
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