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Dólar cai 1,05%, fura R$ 1,60 e tem menor valor desde 3 de maio

Por Silvana Rocha
Atualização:

A sexta-feira terminou bem para as principais bolsas - a Bovespa cravou o quarto pregão de alta e viveu a sua melhor semana no mês -, mas o grande destaque foi o dólar. A moeda norte-americana perdeu valor ante as demais divisas, debilitada por sinais de recuperação anêmica da economia dos EUA. A fragilidade externa, associada ao fluxo cambial positivo, derrubou a cotação, que furou R$ 1,60 e atingiu o menor valor desde 3 de maio. Em meio à queda do dólar ante o real de 0,99% na semana e de captações externas em torno de US$ 3 bilhões, o Banco Central anunciou a realização na segunda-feira de uma pesquisa de demanda para avaliar eventual leilão na terça, dia 31, para rolagem do vencimento de contratos de swap cambial reverso em 1º de junho. Swap reverso é um contrato futuro em que o BC assume posição comprada em dólar e vendida em taxa de juros. Ontem, o BC fez dois leilões de compra de dólar à vista, após sete dias fazendo só uma operação.A apreciação do real também recebeu influência da movimentação em torno da formação da taxa Ptax de fim de mês, que servirá para a liquidação de contratos futuros de dólar na quarta-feira. A movimentação foi antecipada em parte devido aos feriados de segunda-feira nos EUA e Reino Unido. Por conta desses feriados, o giro diminuiu nas bolsas em Nova York e o fôlego do Ibovespa foi mais curto. A alta da Bolsa foi de 0,31%, aos 64.294 pontos; na semana subiu 2,71%. A melhora nos mercados de ações refletiu, em parte, declarações otimistas sobre a perspectiva da economia global durante a cúpula do G-8, na França. O forte recuo do dólar ante o real e fluxo estrangeiro de venda derrubaram os juros longos.

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