04 de dezembro de 2018 | 13h29
Atualizado 04 de dezembro de 2018 | 18h54
O mercado de títulos públicos nos Estados Unidos alimentou temores de recessão futura no país, levando as bolsas em Wall Street a registrarem perdas superiores a 3% no pior momento da sessão. O cenário contaminou o Ibovespa, que fechou em baixa de 1,33%, aos 88.624,45 pontos. Na mínima do pregão desta terça-feira, 4, o índice da B3 caiu 1,98%.
Contribuíram ainda para a piora do humor dúvidas sobre o sucesso das negociações comerciais entre EUA e China, após a trégua anunciada pelos dois países no fim de semana. Com a busca por maior segurança, o dólar caiu ante o iene e se fortaleceu ante a maioria das moedas emergentes. Frente ao real, a divisa americana terminou em alta de 0,37%, a R$ 3,8552, no segmento à vista, após ter caído mais cedo sob influência do leilão de linha de US$ 1 bilhão realizado pelo Banco Central.
Internamente, preocupou desde a manhã o andamento da reforma da Previdência no futuro governo de Jair Bolsonaro. Além desta questão, a possibilidade de que a votação do projeto de revisão da cessão onerosa da Petrobrás ocorra somente em 2019, como indicou o líder do governo no Senado, Romero Jucá, colaborou para a cautela local.
Na quarta-feira, a liquidez deve se reduzir nos mercados, já que as Bolsas americanas ficarão fechadas em homenagem ao ex-presidente norte-americano George H. W. Bush, que morreu na última sexta-feira.
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