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Dólar cai ao menor nível desde janeiro de 99

Moeda norte-americana fechou abaixo de R$ 1,60, em R$ 1,5910 - baixa de 0,69%

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Por Redação
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O Federal Reserve (banco central norte-americano) decidiu deixar inalterada a taxa de juro em 2% ao ano nesta quarta-feira e mostrou que está bastante preocupado com a inflação, dando um pequeno passo na direção de aumentar os custos dos empréstimos nos Estados Unidos. Apesar de já ser esperada, a decisão provocou reações no mercado. O dólar comercial fechou abaixo de R$ 1,60, em R$ 1,5910 - baixa de 0,69% - é o menor valor desde 1º de janeiro de 1999.   Veja também: Juro americano é mantido em 2% ao ano    As ações subiram na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e nos Estados Unidos. Às 16h40, a Bolsa sobe 2,72%, mas chegou a subir mais de 3%. O índice Dow Jones está em alta de 0,31% e a Nasdaq tem valorização de 1,56%.   "O Fed fez um comunicado moderadamente agressivo, sinalizando que ele pode, atualmente, seguir em frente e elevar a taxa de juro até o fim do ano", afirmou Joe Manimbo, operador de câmbio da Ruesch International em Washington. No comunicado, o Fed disse que "a atividade econômica, no geral, continua se expandindo". Depois do encontro de 30 de abril, o BC dos EUA havia descrito a atividade econômica como "fraca".   A decisão tomada nesta quarta-feira foi a primeira manutenção de taxa pelo Fed desde que o BC dos EUA embarcou numa série de reduções do juro em setembro, para garantir sustentabilidade para a economia, gravemente atingida pela crise do setor imobiliário e de crédito. Nas últimas sete reuniões, os juros básicos (Fed funds) caíram 3,25 pontos.   Os formuladores de política monetária no banco central estão em uma difícil encruzilhada. O recuo acentuado do setor de moradias parece que irá carregar consigo o crescimento econômico por meses. Ao mesmo tempo, os altos preços do petróleo e de outras commodities ameaçam disparar uma inflação mais generalizada.   O vice-presidente executivo do banco Itaú e ex-diretor do Banco Central, Sérgio Werlang, disse que o Federal Reserve poderá começar a subir juros em setembro deste ano. Segundo ele, o banco central norte-americano deverá esperar que as situações de "aperto de crédito" e do mercado imobiliário estejam mais perto da normalidade antes de começar com o aperto monetário. "Mesmo que o Fed não o faça em setembro, será inevitável um aumento de juros no início de 2009", afirmou.

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