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Dólar cai por cenário externo e fluxo por exportação

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Por Redação
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O dólar repetiu o movimento da véspera e fechou em queda ante o real nesta quarta-feira, amparado pelo bom humor de investidores nas principais praças acionárias e por um ingresso de recursos no mercado local. A moeda norte-americana perdeu 0,49 por cento, a 1,834 real na venda, não sustentando a alta registrada durante a manhã, quando chegou a avançar 0,43 por cento. "O dólar abriu meio lateral, de olho na decisão do Fed sobre a política monetária dos Estados Unidos. Mas no fim do dia prevaleceu o bom humor nas bolsas e a entrada de dólares por exportação", avaliou o operador de câmbio João Eduardo Santiago, do Banco Alfa de Investimento. Em comunicado divulgado nesta quarta-feira, o Federal Reserve anunciou que vai estender até o fim de outubro o programa de compra de títulos públicos de longo prazo, além de manter a taxa básica de juro próxima de zero. As bolsas de valores norte-americanas chegaram a reduzir os ganhos após a divulgação do comunicado, levando o dólar no cenário internacional a subir ante suas principais rivais, o que repercutiu sobre as cotações do câmbio no mercado doméstico. No entanto, os índices em Wall Street se recuperaram, o que aliviou a pressão sobre o dólar no Brasil. Também ajudou na queda da moeda norte-americana o fato de os exportadores estarem aproveitando a recente alta da divisa para realizar operações. Para o gerente de câmbio da Fair Corretora, Mário Battistel, a expectativa para a moeda frente ao real ainda é de queda. Contudo, ele ponderou que o dólar pode registrar momentos de repique, uma vez que "os mercados ainda estão sofrendo com a crise e devem demorar um tempo para se normalizarem". No mercado à vista da BM&FBovespa, o volume negociado somava 1,5 bilhão de dólares por volta das 16h21. FLUXO E COMPRAS DO BC Em meio à queda do dólar ante o real nesta sessão, o Banco Central divulgou que o fluxo cambial no país foi positivo em 2,255 bilhões de dólares nos cinco primeiros dias úteis de agosto, sustentado pelas operações no segmento financeiro. No ano, o país acumula entrada líquida de 6,190 bilhões de dólares. A autoridade monetária também informou que comprou 779 milhões de dólares no mercado de câmbio à vista no mês, em operações com liquidação também até o dia 7. (Reportagem de José de Castro, com reportagem adicional de Jenifer Corrêa)

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