Publicidade

Dólar cai quase 2%, com leilões do BC e bom humor externo

Por JENIFER CORRÊA
Atualização:

O dólar encerrou a quarta-feira em queda de quase 2 por cento frente ao real, seguindo o otimismo dos mercados acionários globais e após atuações do Banco Central. A moeda norte-americana fechou cotada a 2,430 reais, em baixa de 1,74 por cento, após ter chegado a subir mais de 1 por cento durante a manhã. "Na parte da tarde, o mercado (de câmbio) veio acompanhando as bolsas se valorizando lá fora, com os avanços do plano de resgate das montadoras (dos Estados Unidos)", observou Gerson de Nobrega, gerente da tesouraria do Banco Alfa de Investimento. Após o anúncio de que a Casa Branca e líderes do Congresso dos EUA chegaram a um acordo preliminar sobre o pacote de resgate ao setor automotivo, as bolsas de valores norte-americanas subiam e eram acompanhadas pelo principal indicador da Bovespa. Nobrega lembrou que os investidores esperam a decisão sobre a taxa de juro brasileira, que será divulgada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) ainda nesta quarta-feira. Especialmente na parte da manhã, o dólar operou com forte volatilidade, potencializada por um baixo volume de negócios. Com pressões do mercado futuro e fluxo de saída apontado por operadores, a moeda norte-americana encontrou espaço para subir. Nesse contexto, o Banco Central realizou dois leilões de venda de dólares no mercado à vista e vendeu cerca de 3 bilhões de dólares em um leilão de swap cambial tradicional para rolagem de contratos que expiram no início de janeiro. O BC também anunciou uma nova pesquisa de demanda para medir as condições de mercado para um eventual leilão de swaps na quinta-feira, dando sequência à rolagem. Ainda nesta sessão, o Banco Central divulgou que o fluxo cambial do país ficou positivo em 7 milhões de dólares nos cinco primeiros dias úteis de dezembro, após uma série de leituras negativas. Em novembro, foi registrada saída líquida de 7,159 bilhões de dólares, a maior desde janeiro de 1999.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.