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Dólar caro mudar planos de viagem

Jovens adaptam planejamento à nova realidade

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Por Redação
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A alta do dólar pegou de surpresa dois jovens. Um que vai trabalhar fora do País e outra que programou com antecedência a festa de fim de ano. Bruno Maçaneiro, 21 anos, de Joinville (SC), conseguiu uma oportunidade profissional na Austrália, e sente os efeitos da alta do dólar antes de partir.

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"Estou vendo passagem para dezembro e já encareceu uns R$ 800", explica ele, que estuda administração na Universidade Federal de Santa Catarina, em Florianópolis. Por ora, Maçaneiro aguarda a compra na expectativa de um barateamento do dólar e não cogita desistir da viagem. "Vou de qualquer maneira, mas deu uma pesada."

O estudante começa em janeiro um estágio na sede do banco HSBC em Sydney. Ele retorna em fevereiro e vê os planos na Austrália encolherem com o aumento da diferença no câmbio. "Vou poder viajar muito menos na Austrália. Vai depender muito mais do que eu vou ganhar no estágio lá."

Segundo Maçaneiro, se a viagem fosse apenas para estudar, talvez desistisse.

A jornalista Fernanda Reynaud, 30 anos, decidiu mudar as festas de fim de ano, que sempre passa em Florianópolis com a família, para a cidade mais cosmopolita do mundo. Está com passagem comprada para Nova York, no dia 23 de dezembro.

A sorte foi que as adquiriu em reais. "Se tivesse comprado em dólar, estaria arrancando os cabelos. Já chorei em casa quando vi esse aumento." Ela vai com uma amiga para os Estados Unidos e revê os planos de viagem. "Vamos ter de selecionar os passeios que faremos por lá e priorizar o que der para fazer de graça."

Fernanda fica na cidade até 3 de janeiro. O hotel reservado e pago em dólar - US$49 a diária mais 14% em taxas - vai ser uma das maiores altas nos gastos previstos. Ela também planejava comprar equipamentos eletrônicos: um computador, um iPhone e uma máquina fotográfica. "Só vou comprar a máquina. Os outros dois, com esse câmbio, encontro por aqui com preço similar."

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