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Dólar deve se estabilizar em R$ 3,50, diz Furlan

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, disse hoje acreditar que o atual nível do câmbio, com o dólar em torno de R$ 3,50, esteja muito próximo da estabilidade. Ao tomar posse no ministério, Furlan considerava uma taxa de câmbio de R$ 3,00 a R$ 3,10 suficiente para remunerar as exportações. De acordo com o ministro, em maio serão completados 12 meses com o dólar negociado na faixa de R$ 3,50, o que deve definir um novo nível para o setor privado, que até então trabalhava com um câmbio de R$ 3,20. Furlan encontrou-se com cerca de 30 empresários na manhã de hoje em São Paulo, todos ligados a câmaras de comércio estrangeiras ou a multinacionais. O evento foi organizado pelo Grupo de Investidores Estrangeiros (GIE). O ministro ressaltou que os empresários de todos os setores terão de acostumar-se a essa nova faixa cambial. Mas destacou que, mesmo com algum recuo ou alguma valorização sobre o câmbio atual, os exportadores continuarão a ser beneficiados. "Em um regime de câmbio flutuante, é mais do que natural o dólar oscilar entre três (reais) e pouco e três e muito", disse o ministro. Em relação aos juros, ele acredita que as taxas serão menores a partir do segundo semestre. Furlan reiterou que a elevação cria uma deficiência no curto prazo, mas reduz a queda do risco país, o que trará de volta os investimentos estrangeiros. O ministro também citou o aumento das exportações, de no mínimo 10% neste ano, como um dos fatores para a retomada de confiança dos estrangeiros no País. Questionado sobre a lentidão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desde a troca do presidente da entidade, Furlan afirmou que na sexta-feira foram preenchidos os cargos que faltavam. Segundo ele, nas próximas semanas o banco deverá retomar o ritmo normal de operações. O ministro negou que tenha atritos com o presidente do banco, Carlos Lessa, embora tenha admitido diferenças de estilo e experiência entre os dois. "Temos, sim, convergência nas prioridades." Quanto às dívidas das empresas AES e Eletropaulo com o BNDES, Furlan afirmou que a questão deve ser tratada entre as empresas e o banco. "O BNDES está disposto a ouvi-las, e eu não compartilho da idéia de discutir essa questão na mídia."

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