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Dólar dispara para R$ 2,2040 e Bolsa despenca

Por Agencia Estado
Atualização:

O mercado externo trouxe mais um dia de nervosismo para os mercados no Brasil. O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 2,2040, no patamar máximo desta quarta-feira, em alta de 3,18%. A Bolsa de valores de São Paulo (Bovespa) fechou em baixa de 2,86%. Novamente o temor vem dos Estados Unidos. Os últimos dados sobre a inflação norte-americana foram maiores do que o esperado. Os investidores foram contagiados pelo pessimismo ao interpretar que a alta da inflação em abril dará motivações ao Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) para aplicar novas altas nas taxas de juros, o que teria grande impacto nas famílias e empresas endividadas. Ou seja, há um risco maior no cenário geral, o que acaba prejudicando os negócios em países emergentes, como o Brasil. Os investidores tendem a deixar os mercados onde o risco é maior ou exigem um prêmio maior para negociar nestes mercados. O risco Brasil - taxa que mede a desconfiança do investidor estrangeiro em relação à capacidade de pagamento do País - fechou no patamar máximo do dia, em 260 pontos base. Isso significa que o governo brasileiro para um prêmio de 2,60 pontos acima dos juros dos títulos norte-americanos, considerados sem risco. Números nos EUA O Departamento do Trabalho dos EUA informou nesta manhã que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,6% no mês passado, acima do 0,4% de março e do 0,5% esperado pelos analistas. Descontando-se os produtos de preço volátil como os combustíveis e os alimentos, o núcleo da inflação foi de 0,3% em abril, também acima do 0,2% previsto pelos analistas. Em Nova York, este cenário pessimista levou a uma onda de vendas de ações nas bolsas, que fez com que o Dow Jones - índice que mede o desempenho das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - caísse mais de 200 pontos e fechasse em 2,86%. O mercado tecnológico Nasdaq, no qual se cota a maior parte das empresas de setores tecnológicos, caiu 1,50%.

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