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Dólar em alta com cenário adverso

A pressão sobre o câmbio deve-se, internamente, ao temor com a transição política nacional e, externamente, ao cenário externo de incertezas em relação ao Iraque. Fatores técnicos ajudam a pressionar as cotações. Na abertura, o dólar estava sendo vendido R$ 3,7100, em alta de 1,23%.

Por Agencia Estado
Atualização:

O mercado financeiro, principalmente o de câmbio, viveu uma trégua ontem, mas ainda está próximo aos níveis mais altos do período posterior ao Plano Real e os operadores afirmam que os principais fatores de tensão permanecem. Por isso, na abertura dos negócios, a pressão foi forte com o dólar sendo vendido a R$ 3,7100, em alta de 1,23% em relação ao fechamento de ontem. A maioria dos especialistas acredita que essa trajetória de valorização se manterá no decorrer do dia. O principal dos fatores de nervosismo, o temor com a transição política nacional depois de oito anos de governo FHC e economia neoliberal ao gosto do mercado, só terá a primeira resposta no próximo dia 6. Até lá, o tema será constante nas mesas de operações e as especulações em torno de pesquisas serão inevitáveis. Mas não há nenhum levantamento importante para ser divulgado antes do final de semana. O outro destaque, o cenário externo, segue cheio de incertezas. O Pentágono confirmou que as forças aliadas realizaram esta manhã bombardeios no Iraque, mas não ofereceram detalhes. A notícia é de que o ataque foi contra um aeroporto civil no sudeste de Basra. Além disso, dois fatores técnicos também devem pressionar as cotações, segundo especialistas: a proximidade do vencimento dos contratos futuros de outubro - em que a rolagens dessas posições na BM&F distorcem o comportamento de mercado - e o vencimento de US$ 1,25 bilhão em títulos públicos e contratos atrelados à variação do câmbio o dia 1º de outubro.

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