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Dólar em alta com vencimento de dívida cambial

Na abertura dos negócios, o dólar estava sendo vendido a R$ 3,9700, em alta de 1,40%. A pressão sobre as cotações já era aguardada, já que hoje será formada a taxa de câmbio de liquidação da dívida cambial que vence amanhã. Além disso, o mercado está atento ao noticiário eleitoral e também à reunião do Copom.

Por Agencia Estado
Atualização:

Os movimentos para a formação da ptax (taxa de câmbio média diária) de hoje, que será usada na liquidação da dívida de cerca de US$ 1 bilhão de títulos e contratos cambiais que vencem amanhã, e a demanda por dólar à vista devem manter as cotações em alta na manhã de hoje. A alta das cotações interessa aos detentores de desses papéis, já que, quanto maior o nível do dólar, maior será o ganho. A pressão já começou ontem porque o Banco Central não conseguiu rolar nada dessa dívida em duas tentativas feitas. E a autoridade monetária faz a terceira oferta de contratos atrelados à variação do câmbio com esse objetivo na manhã de hoje. Ele oferta até 10.500 contratos com vencimento em 2 de dezembro (mesmos prazo e volume de ontem). O resultado da operação será divulgado a partir das 12h30. No noticiário, o mercado deve repercutir hoje as declarações do assessor econômico do PT, Guido Mantega, feitas ontem ao final da tarde. Num primeiro momento e no geral, a impressão foi positiva, com Mantega reforçando o compromisso com o "superávit necessário", confirmando a intenção de um BC independente aos moldes da Inglaterra e a criação de uma equipe de transição que será anunciada imediatamente após confirmado o resultado das urnas. O ponto negativo ficou por conta da afirmação de que o governo petista poderá, se necessário, renegociar os vencimentos de empréstimos junto a organismos internacionais. Mas, ontem, esse ponto não tinha ganhado maior importância. Copom Além disso, o mercado tende a comentar e avaliar o resultado da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que tem início hoje. Depois do encontro extraordinário que resultou na alta da taxa de juros referencial da economia, a Selic, de 18% para 21% ao ano os analistas chegaram a acreditar que outro aumento do juro estava agendado para amanhã, mas essa avaliação perdeu força. Ontem, o consenso era de que nova alta estava descartada, até porque, o dólar não voltou a chegar perto dos R$ 4. Abertura Na abertura dos negócios, às 9h30, o dólar comercial estava sendo vendido a R$ 3,9700, em alta de 1,40% em relação ao fechamento de ontem. Veja aqui a cotação do dólar dos últimos negócios. Já no mercado de juros, os contratos de DI futuro com vencimento em janeiro de 2003, negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), pagavam taxas de 24,250%, frente a 23,830% ao ano negociados ontem.

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