A expectativa para os negócios no mercado de câmbio é relativamente otimista, com o dólar em ligeira queda nos primeiros negócios do dia. Na abertura dos negócios, às 10h07, o dólar comercial estava sendo vendido a R$ 3,6520, em queda de 0,90% em relação ao fechamento de ontem. Veja aqui a cotação do dólar dos últimos negócios. A queda na abertura é atribuída à expectativa positiva para o leilão de contratos atrelados à variação do câmbio que o Banco Central fará hoje criada depois do leilão surpreendentemente bem-sucedido da tarde da última sexta-feira. Se esta expectativa positiva for confirmada, a tendência de queda deve se consolidar ao longo do dia. No leilão feito na tarde de sexta, o BC vendeu 75,29%, ou US$ 1,054 bilhão, do total ofertado, de US$ 1,4 bilhão em contratos atrelados à variação do câmbio. Este sucesso do BC foi recebido com alívio, pois os leilões anteriores tinham fracassado, total ou parcialmente. Com o leilão da sexta à tarde, o BC já conseguiu rolar 44,1% do vencimento de US$ 2,4 bilhões desta quarta-feira. Ou seja, o quadro para esta semana, que deveria ser de pressão cambial mais forte, começa aliviado. Na segunda tentativa de rolagem do vencimento desta semana, o BC fará hoje das 12h às 13h uma oferta de até 16.200 contratos de swap cambial com vencimentos em 18/12/2002 (até 6.200 contratos), 03/02/2003 (até 4.300 contratos) e 01/04/2003 (até 5.700 contratos). O resultado final será divulgado a partir das 14h30. A operação de hoje representa mais US$ 750 milhões e, se a colocação for integral, o total do vencimento já rolado atingirá 75%. Além da expectativa mais positiva para a rolagem, a abertura mais calma do mercado hoje também é favorecida pelo desempenho positivo dos mercados externos na sexta e hoje e pela ausência de más notícias no âmbito político (espera-se a definição de Palocci como primeiro ministro indicado para o governo Lula). Nos juros, a expectativa é de uma elevação da taxa referencial de juros da economia, a Selic, nesta semana como resposta às expectativas de alta da inflação. Uma atitude considerada mais conservadora do BC poderia ser bem recebida no câmbio.