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Dólar em queda e mercado de olho no leilão

O mercado reage mais otimista com o dólar em queda de 0,69% na abertura dos negócios, sendo vendido a R$ R$ 3,570. A atenção de hoje deve ser o leilão de contratos atrelados à variação do câmbio para a rolagem de US$ 1,9 bilhão que vencem na próxima quinta-feira.

Por Agencia Estado
Atualização:

Os negócios durante a manhã no mercado de câmbio devem sinalizar uma certa tranqüilidade. Na abertura dos negócios, às 9h46, o dólar comercial estava sendo vendido a R$ 3,5700, em queda de 0,69% em relação ao fechamento de ontem. Veja aqui a cotação do dólar dos últimos negócios. O dólar, que vinha recuando entre 0,5% e 1% até o início da tarde de ontem, acabou acelerando a baixa perto do fechamento para 1,6%. Contudo, como o nível de preços ainda é alto, dependendo da evolução da conjuntura e dos demais mercados a valorização do real pode ainda ser expressiva. O principal foco do mercado cambial hoje deve ser o leilão de contratos atrelados à variação do câmbio que o Banco Central faz para iniciar a rolagem de US$ 1,9 bilhão prevista para a próxima quinta-feira. O resultado da operação será divulgado a partir das 14h30. Se o BC obtiver sucesso, em termos de volume e taxa de colocação, o mercado cambial pode reagir com a queda do dólar na parte da tarde. Assim como na bolsa, no câmbio a melhora do mercado aconteceu ontem justamente no momento em que as bolsas intensificavam as quedas em Nova York, o que sugere um descolamento momentâneo em relação ao cenário internacional. Porém, operadores observam que este descolamento teria sido favorecido por uma operação de venda de grande porte, que pegou um mercado pouco líquido, sem compras expressivas. Além disso, havia muita gordura do dia anterior, quando o dólar subira mais de 3% embalado pelo mal-entendido da dívida da cidade de São Paulo, a ser devolvida. Como esta gordura não foi de todo devolvida ontem, e não se registram notícias de impacto nos jornais que possam atrapalhar o ânimo dos investidores, há espaço para novas baixas. No entanto, o descolamento do mercado internacional não é absoluto. "Se as quedas continuarem fortes em Nova York e aumentar o medo de recessão global, o mercado vai ficar mais cauteloso", comentou um operador.

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