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Dólar fecha em alta pela 2a sessão com queda nas bolsas

Por FABIO GEHRKE
Atualização:

O dólar fechou em alta pela segunda sessão consecutiva nesta terça-feira, seguindo o fluxo de saída da divisa em dia de mau humor nas bolsas. A moeda norte-americana subiu 0,95 por cento, a 1,705 real. O dólar voltou a fechar acima de 1,70 após três semanas abaixo do patamar. Segundo Mario Battistel, gerente da Fair Corretora, o mercado cambial doméstico está seguindo o movimento do dólar frente a outras moedas no mundo e o cenário pessimista das bolsas. "Hoje tem a bolsa realizando bastante, e o dolar está se valorizando frente a várias outras moedas", afirmou o gerente. A Bovespa operava em queda de mais 2 por cento, enquanto nos Estados Unidos o mercado acionário tinha um desempenho pífio. No mercado externo, o dólar tinha sua maior alta em quase um mês frente ao euro com expectativas de que o Federal Reserve irá sinalizar o fim do ciclo de cortes no juro norte-americano. Na quarta-feira, o Fed irá decidir o futuro sobre a taxa básica de juro norte-americana. Os cortes acumulados de 3 pontos percentuais no juro dos Estados Unidos desde meados de setembro do ano anterior têm pressionado o dólar a níveis recordes de baixa. Para Carlos Alberto Postigo, operador de câmbio do Banco Paulista, a alta da moeda frente ao real nesta terça-feira segue ainda o fluxo negativo iniciado na sessão da véspera, quando o dólar subiu 1,32 por cento. "Os primeiros negócios foram reflexo do fluxo negativo de ontem... e teve uma grande saída de uma empresas de celulose e papel", disse o operador, lembrando que o dólar encontrou ainda mais espaço para se valorizar com o fraco desempenho das bolsas. Na segunda-feira, o Banco Central anunciou que o país registrou em março o maior déficit em transações correntes para o mês da história, de 4,429 bilhões de dólares. De acordo com a autoridade, as remessas de lucros e dividendos para o exterior somaram 4,345 bilhões de dólares no mês passado, maior valor mensal já registrado. Na última hora de negócios o Banco Central realizou em leilão de compra de dólares, definindo a taxa de corte a 1,7073 real. (Edição de Alexandre Caverni)

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