PUBLICIDADE

Dólar fecha em alta por desconfiança externa e saídas

A moeda norte-americana encerrou a sessão em alta de 0,84%, a R$ 1,797

Por Reuters
Atualização:

O dólar fechou em alta nesta sexta-feira, influenciado pela incerteza dos investidores no exterior e por remessas de recursos, que tradicionalmente crescem no final do ano. A moeda norte-americana encerrou a sessão em alta de 0,84%, a R$ 1,797. O dólar acumulou avanço de 2,16% na semana.   A alta da inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos, somada aos dados da véspera mostrando a inflação no atacado no maior nível em 34 anos, diminuiu a expectativa de novos cortes do juro pelo Federal Reserve. Isso abalou a confiança dos investidores, que têm convivido com uma crise global no setor de crédito. Em Nova York, as bolsas operavam em queda durante a tarde. "O pessoal (investidores) está zerando suas posições, pois sabe que o crédito vai ficar apertado", disse Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora. "Começaram a perder a confiança nas grandes instituições financeiras", disse ele, em referência à crise no exterior. E completou: a alta do dólar "é pura aversão ao risco". José Roberto Carreira, gerente de câmbio da Fair Corretora, chegou a citar um fluxo de saída como apoio ao avanço da moeda. "O dólar está mais pressionado pelo final de ano... tem muita gente com compromisso para honrar lá fora", disse. CPMF Segundo Julio César Vogeler, operador de câmbio da corretora Didier Levy, o mercado ainda deve ficar de olho nos próximos passos do governo para dimensionar o tamanho do impacto da rejeição da CPMF. Na madrugada de quinta-feira, o chamado "imposto do cheque" teve sua prorrogação derrubada pelo Senado. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, já deixaram claro que o governo vai manter o superávit primário --um dos pilares da confiança dos mercados na economia brasileira. O anúncio de medidas para minimizar a perda de receitas da CPFM foi prometido pelo governo para a semana que vem.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.