PUBLICIDADE

Dólar fecha em baixa de 0,68% e tem menor cotação desde 99

Fluxo de recursos no Brasil ajuda e moeda norte-americana fecha a R$ 1,602; queda no mês é de 1,54%

Por Reuters
Atualização:

A entrada de recursos no País favoreceu a queda do dólar nesta terça-feira, 24, mas a moeda norte-americana respeitou o patamar de R$ 1,60 com a cautela de investidores antes da reunião do Fe deral Reserve e a resistência de parte do mercado. A divisa terminou o dia a R$ 1,602, em baixa de 0,68%. É a menor cotação de fechamento desde 20 de janeiro de 1999. A queda acumulada no mês é de 1,54%.   De acordo com o operador de uma corretora nacional, que pediu para não ser identificado, o principal motivo para a baixa do dólar foi o ingresso de capitais no país em operações comerciais. Ele, no entanto, não conseguiu identificar o volume dessas transações.   O País vem registrando entrada líquida de dólares em junho. De acordo com dados divulgados na véspera pelo Banco Central, ingressaram no país neste mês US$ 1,653 bilhão até o dia 19.   Um operador de outra corretora nacional não identificou alguma transação de volume atípico, mas confirmou que o viés do mercado tem sido de baixa nas últimas sessões. "O mercado anda bem vendedor", disse.   Ajudou também a recuperação das bolsas de valores durante uma parte da tarde. A alta das ações de bancos nos Estados Unidos fez Wall Street anular a queda do começo do dia e teve reflexos também na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).   A tendência de queda do dólar no Brasil, no entanto, parou na barreira de R$ 1,60. "Quando chega lá, aparece comprador ou alguém defendendo posição. A qualquer momento ele pode descer a ladeira", disse um operador.   O patamar pode ser rompido nesta quarta-feira, quando o Federal Reserve anuncia a aguardada decisão sobre o juro nos Estados Unidos. A expectativa da maior parte do mercado é de manutenção da taxa nos atuais 2%.   Mas se o Fed sinalizar um possível aperto monetário em breve o efeito sobre o câmbio pode ser o inverso.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.