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Dólar fica 'de lado' e fecha em leve alta a R$1,575

Por FABIO GEHRKE
Atualização:

O dólar fechou em leve alta nesta segunda-feira, em sessão sem grandes movimentos com os investidores à espera de indicadores durante a semana. A moeda norte-americana subiu 0,06 por cento, a 1,575 real. A sessão ficou marcada pela baixa volatilidade, variando dentro da estrita faixa de 1,572 a 1,576 real. "O mercado está totalmente de lado. Hoje não teve nenhum grande ingrediente que possa influenciar o mercado", disse Carlos Alberto Postigo, operador de câmbio do Banco Paulista. Segundo o operador, o mercado deve atuar pontualmente aos indicadores durante a semana, observando os resultados corporativos internos e externos e os números do mercado de trabalho norte-americano na sexta-feira. No cenário doméstico, a atenção deve ficar sobre a ata da última reunião do Copom, na quinta-feira. Nesta segunda-feira, dados divulgados pelo Banco Central mostraram que o fluxo cambial de julho até o dia 24 teve um saldo negativo de 2,411 bilhões de dólares. O déficit se deve em grande parte por conta de um saldo negativo de 4,190 bilhões de dólares no segmento financeiro. Em junho, o fluxo cambial apresentou um saldo negativo de 877 milhões de dólares, enquanto que no mesmo período do ano passado, o fluxo foi positivo em 16,561 bilhões de dólares. Apesar da forte deterioração do movimento do câmbio, Vanderlei Arruda, gerente de câmbio da corretora Souza Barros, ressalta que é preciso fazer uma análise mais ampla destes números. O gerente lembrou por exemplo que em março o ministro do Fazenda, Guida Mantega, anunciou o fim da exigência de que os exportadores internalizem parte de suas receiras com vendas, podendo desta forma deixar a totalidade dos recursos no exterior. "Apesar de todo esforço (do BC) para que o dólar não decline ainda mais, o real vai se mantendo", disse Arruda, completando que com as expectativas de alta dos juros domésticos, a moeda norte-americana tem espaço para deceder ainda mais. Segundo Arruda, o dólar deve se manter entre 1,55 e 1,60 real, operando com certa instabilidade de acordo com os desdobramentos da crise norte-americana, mas "não com volatilidade". Nesta sessão o Banco Central, realizou um leilão de rolagem de swap reverso dos contratos com vencimento em 1o de agosto. A operação, que funciona como uma aposta dos bancos na queda do dólar, vendeu o equivalente a 1,707 bilhão de dólares e pela segunda vez consecutiva não foram aceitos todas os contratos propostos pela autoridade monetária. O BC também realizou, no meio da sessão, um leilão de compra de dólares no mercado à vista e definiu a taxa de corte a 1,5742 real. (Edição de Vanessa Stelzer)

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