A volatilidade do mercado internacional contaminou o dólar nesta quinta-feira, e após bastante vaivém a moeda norte-americana fechou o dia equilibrada entre a piora de Wall Street e a alta da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). A moeda norte-americana ficou estável a 1,610 real. Pela manhã, na máxima do dia, o dólar chegou a ser cotado a 1,621 real quando a Bovespa caía 2 por cento e as bolsas de Noca York acentuavam as perdas. Para Mario Battistel, gerente de câmbio da Fair Corretora, a movimentação do dólar esteve associada ao comportamento das bolsas. No exterior, o mercado oscilou entre a preocupação com o setor financeiro e a alta do petróleo e o alívio provocado pela fala do chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke. Enquanto os negócios no câmbio eram encerrados, as bolsas em Nova York tinham leve baixa e a Bovespa subia 1 por cento. No mês, o dólar acumula alta de 0,8 por cento. Sidnei Nehme, diretor-executivo da NGO Corretora, vê a intensificação da saída de recursos do país como um dos principais fatores para que a moeda norte-americana se sustente acima do patamar de 1,60 real nos últimos dias. Após o fechamento do primeiro semestre deve ter aumentado "o volume de remessas financeiras decorrentes de dividendos intermediários e juros sobre capital", disse em relatório. O Banco Central realizou um leilão de compra de dólares no mercado à vista na última hora de negócios. Foi aceita apenas uma das propostas divulgadas, segundo um operador, com taxa de corte de 1,6074 real. (Edição de Vanessa Stelzer)