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Dólar fraco e queda das bolsas também pesam sobre bônus emergentes

Por Agencia Estado
Atualização:

Os títulos da dívida de países emergentes registraram forte queda em Nova York, em meio à liqüidação dos bônus brasileiros. Os instrumentos da dívida brasileira, que vinham em queda pressionados pelas preocupações com relação à capacidade de rolagem da dívida do governo federal e a incerteza sobre o próximo governo, ampliaram as perdas na ausência de novos desenvolvimentos no mercado. No final da sessão, o principal título do Tesouro Brasileiro, os C-bonds registravam uma queda de 1 ponto. Em meio à frágil confiança do consumidor e deterioração dos fundamentos, a Moody´s Investor Service revisou sua perspectiva sobre o Brasil de "estável" para "negativa" e a Fitch Ratings rebaixou a classificação do País de BB- para B+. O JP Morgan disse num informe que embora o contágio do Brasil esteja sendo limitado, é provável que aumente se o País continuar sofrendo. "O risco de mais contágio continua devido à extensão do rali de outros bônus soberanos, fora o Brasil, ao longo do último ano, a dívida relativamente elevada que países emergentes mantêm em fundos dedicados e preocupações com relação a crédito de uns poucos países", disse o banco de investimentos. Além dos problemas na América Latina, forças externas, incluindo um dólar mais fraco e queda de ativos globais, têm pesado sobre os títulos emergentes também, disseram observadores. Os preços dos títulos da dívida de pequenos países latino-americanos também ampliaram suas perdas, pressionados por fatores domésticos. Em meio ao crescente barulho político, os bônus da Venezuela para 2027 caíram cerca de 1 ponto, enquanto os bônus do Peru recuaram 2 pontos, em reação à decisão do governo de adiar a privatização de algumas companhias geradoras de energia elétrica. Os bônus globais do Equador para 2030 caíram 2 pontos, pressionados pelo escândalo de suborno que resultou na demissão de quatro altos funcionários do Ministério de Finanças do país. Os bônus globais do Uruguai para 2012 - de baixíssima liqüidez - recuperaram-se da queda de 3 pontos ontem e subiram 1 ponto, com o mercado ainda digerindo a decisão do governo de adotar o regime de flutuação do peso uruguaio frente ao dólar.

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