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Dólar mantém tendência de alta

O dólar registrou forte alta durante a manhã. A situação da Argentina preocupa os investidores, que compram a moeda como forma de segurança contra as incertezas do cenário. O aumento na demanda é o motivo da pressão de alta sobre o dólar.

Por Agencia Estado
Atualização:

Desde o início da manhã, o dólar vem registrando alta forte. Na máxima do dia - R$ 1,9350 - o Banco Central fez consultas às mesas de operações dos bancos sobre o preço de compra e venda da moeda norte-americana. Como o mercado interpretou esse movimento como uma possível intervenção do Banco Central (BC) para segurar a tendência de alta, a cotação recuou um pouco, para R$ 1,9280, mantendo uma valorização de 0,94%. Há pouco, o dólar estava cotado a R$ 1,9320. Para tentar amenizar a pressão de alta sobre o dólar, o Banco Central também anunciou ontem um leilão de títulos cambiais, que será realizado amanhã. Para atrair os investidores, o BC reduziu o prazo dos papéis, que vinha sendo de cinco anos, para três anos. Atendeu, embora apenas parcialmente, a demanda do mercado por títulos de prazos menores. Analistas continuam, porém, afirmando que o mercado prefere prazos ainda mais curtos, de até dois anos. Isso porque, em períodos de instabilidade, o mercado pede juros muito elevados como prêmio ao risco de períodos mais longos. Para negociar taxas mais razoáveis, os investidores preferem prazos mais curtos. O nervosismo no mercado de câmbio contaminou as taxas de juros. No início da tarde, os contratos de juros de DI a termo - que indicam a taxa prefixada para títulos com período de um ano - pagam juros de 18,210% ao ano, frente a 17,740% ao ano registrados ontem. Mercado acionário A manhã começou tensa também nas bolsas. A Nasdaq - bolsa dos EUA que negocia papéis do setor de tecnologia e Internet - chegou a cair 3%, entre outros motivos devido ao mau resultado da Nortel. No mercado interno, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) também operou em queda durante quase toda primeira parte do pregão, mas inverteu a tendência junto com a Nasdaq. Pelo menos nesta manhã, o mercado não reagiu à notícia de que a corretora J.P. Morgan baixou a alocação do Brasil de seu portfólio (veja mais informações no link abaixo). Mas os investidores continuam atentos à situação da Argentina e aos conflitos no Oriente Médio. Há pouco, os negócios com o petróleo bruto do tipo Brent para entrega em dezembro estavam em alta de 0,20% em Londres. A Bovespa registra queda de 0,91%.

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