PUBLICIDADE

Dólar marca 2ª semana seguida praticamente estável, a R$2,21

Por BRUNO FEDEROWSKI
Atualização:

O dólar fechou em queda ante o real nesta sexta-feira, acompanhando as oscilações da divisa dos Estados Unidos em outros mercados emergentes num movimento de correção após a alta da véspera. Com isso, o dólar fechou a segunda semana consecutiva praticamente estável, bem comportado na casa dos 2,21 reais. Segundo analistas, esse cenário reflete a constante intervenção do Banco Central, que sustenta as cotações na banda informal de 2,20 a 2,25 reais. O dólar recuou 0,33 por cento, a 2,2135 reais na venda, acumulando na semana leve queda de 0,09 por cento. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro fechou em torno de 700 milhões de dólares, bem abaixo da média diária neste mês, de 1,5 bilhão de dólares. "Com o BC atuando do jeito que vem atuando, e sem grandes notícias no horizonte próximo, o mercado não tem porque sair desses patamares em que se acomodou", afirmou o diretor de câmbio da corretora Pioneer, João Medeiros. Na semana anterior, o dólar havia recuado apenas 0,18 por cento ante o real. Para analistas, os atuais níveis do câmbio agradariam ao BC pois não são inflacionários e, ao mesmo tempo, não prejudicam as exportações. A tese ganhou força quando o BC reduziu as rolagens de swaps cambiais, há dois meses, que equivalem a venda futura de dólares, após o dólar ir momentaneamente abaixo de 2,20 reais. Investidores avaliam que o momento mais calmo no mercado cambial abre espaço para que a autoridade monetária diminua ainda a intensidade de suas atuações diárias em breve. "O mercado já dá como certo que mesmo que o dólar fure os 2,20 reais, vai voltar em breve. Isso acaba deixando todo mundo um pouco mais cauteloso", disse superintendente de câmbio da corretora Advanced, Reginaldo Siaca. Nesta sessão, a autoridade monetária continuou fazendo suas intervenções diárias ao vender a lote total de até 4 mil swaps nos leilões diárias. Foram 1 mil contratos para 1º de dezembro deste ano e 3 mil para 2 de março do próximo ano, com volume equivalente a 198,3 milhões de dólares. Em seguida, também vendeu a oferta total de swaps em leilão de rolagem. Até agora, o BC rolou pouco mais de 25 por cento do lote total que vence no próximo mês, equivalente a 9,653 bilhões de dólares. Nesta sessão, o movimento da divisa dos EUA no Brasil refletiu ainda a depreciação contra outras moedas, como os pesos mexicano e chileno. Na véspera, o dólar fechou com alta de 0,47 por cento e 0,60 por cento em relação a essas moedas, respectivamente. "O dólar subiu ontem contra a maioria das emergentes e hoje, está havendo uma correção", afirmou o diretor de câmbio do Banco Paulista, Tarcísio Rodrigues.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.