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Dólar pressionado atinge recorde

O dólar chegou a R$ 4 ontem, como resultado da forte pressão exercida pelas indefinições em relação à política econômica do próximo governo e a concentração de vencimentos de títulos cambiais a partir da semana que vem.

Por Agencia Estado
Atualização:

O dólar retomou com força a tendência de altas e bateu ontem mais um recorde histórico, atingindo a cotação de R$ 4, impensável há poucos meses. As incertezas políticas que cercam o novo governo e a concentração de vencimentos de títulos cambiais a partir da semana que vem reduzem muito a oferta de dólares enquanto a demanda segue firme. A partir da semana que vem, vencem títulos do governo corrigidos pelo câmbio em quantidade recorde. No dia 17, serão US$ 3,6 bilhões, com uma pequena parcela já rolada, além de mais US 1,1 no dia 23. E o Banco Central está encontrando muita resistência em renovar essas obrigações. Além disso, há muita pressão compradora no mercado por conta de estimados US$ 2 bilhões em vencimentos privados no mês. O fato é que o governo não conseguiu, ao longo do ano, rolar títulos para além de 2002 pela própria resistência dos mercados a comprar papéis que deveriam ser honrados pelo próximo presidente. Com isso, há uma concentração muito grande de vencimentos neste final de ano, o que traz tensão ao mercado, especialmente agora, em meio à eleição presidencial. Quem detém esses títulos especula para elevar a cotação do dólar e receber mais pela aplicação. E os mercados seguem intranqüilos com a provável vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT/PL), pois ainda há muitas desconfianças sobre o que será sua política econômica, e, evidentemente, sobre seus reflexos nos investimentos. Por enquanto, a campanha para este segundo turno ainda se concentra nos bastidores, nas alianças. Mas à medida que o horário eleitoral recomeçar, assim como as pesquisas de intenção de voto, os negócios podem seguir mais de perto o embate entre os candidatos. Mercados O dólar comercial foi vendido a R$ 3,9900 nos últimos negócios do dia, em alta de 2,97% em relação às últimas operações de ontem. No mercado de juros, os contratos de DI futuro com vencimento em janeiro de 2003 negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros pagam taxas de 20,950% ao ano, frente a 21,000% ao ano ontem. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta de 1,74% em 8866 pontos. Em Nova York, o Dow Jones - Índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - fechou em alta de 3,40% (a 7534,0 pontos), e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - subiu 4,42% (a 1163,37 pontos). Às 18h, o euro era negociado a US$ 0,9862; uma queda de 0,38%. Na Argentina, o índice Merval, da Bolsa de Valores de Buenos Aires, fechou em alta de 4,56% (414,70 pontos). O dólar oficial para venda fechou a $ 3,66 pesos. Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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