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Dólar recua 0,46% com volume fraco por feriado nos EUA

Moeda norte-americana fecha cotada a R$ 1,954, acumulando queda de 8,5% neste ano

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Por Silvio Cascione
Atualização:

O dólar fechou em queda de 0,46% nesta segunda-feira, 3, influenciado pela entrada de moeda no País em uma sessão esvaziada pelo feriado nos Estados Unidos. A moeda norte-americana encerrou a R$ 1,954. No ano, o dólar acumula queda de 8,5%.   "Hoje não teve mercado, teve muito pouco negócio", relatou João Medeiros, diretor de câmbio da corretora Pioneer, estimando o volume de operações, ainda parcial, em menos de US$ 200 milhões. Na maior parte das últimas sessões, o volume final de negócios superou US$ 2 bilhões.   Com o fechamento dos mercados norte-americanos, pelo Dia do Trabalho, as notícias sobre o setor de crédito de alto risco nos EUA, que dominaram a agenda nas últimas semanas, também saíram de cena. "É daqueles dias 'no news, good news' (falta de notícia é boa notícia)", acrescentou Medeiros.   No Brasil, o principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) passou a maior parte do dia em leve alta, e chegou a se aproximar de 55 mil pontos. Os contratos de juros negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fecharam em queda.   Segundo a corretora Spinelli, "a ausência de notícias negativas relacionadas ao mercado de crédito e a relativa melhora no cenário externo têm permitido o retorno da tendência primária de queda do dólar" no curtíssimo prazo.   Essa tendência deve-se principalmente ao fluxo cambial positivo, que supera US$ 66 bilhões em 2007 até meados de agosto - quase duas vezes o volume registrado em todo o ano passado. Boa parte da entrada de divisas vem da balança comercial, que registrou superávit de US$ 3,535 bilhões no mês passado.   Nesta segunda-feira venceu um lote de US$ 640 milhões em contratos de swap cambial reverso, instrumento que tem o efeito de uma compra futura de dólares pelo Banco Central. Agentes de mercado já esperavam na semana passada que a autoridade monetária não rolasse esses contratos por causa da maior instabilidade no cenário externo. 

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