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Dólar segue otimismo externo e cai 3,2%

Por FABIO GEHRKE
Atualização:

O dólar voltou a fechar em forte queda nesta terça-feira, seguindo a melhora dos ânimos dos mercados internacionais e a contínua intervenção do Banco Central. A moeda norte-americana caiu 3,19 por cento, a 2,183 reais. Nas duas primeiras sessões desta semana, a divisa já acumula queda de 6,23 por cento. No entanto, o dólar ainda guarda avanço de 14,5 por cento em outubro. "Ontem tinha sido mais o Banco Central. Hoje teve um pouco mais de otimismo (em todo mundo)", afirmou Marcelo Voss, economista-chefe da corretora Liquidez. Nos Estados Unidos, as bolsas de valores operavam em forte alta, enquanto a Bovespa aproveitava o bom humor e subia mais de 8 por cento. Segundo Voss, os mercados acionários de todo mundo sofreram enormes ajustes nas últimas semana, abrindo espaço para alguns movimentos de recuperação. "E o mesmo ocorre com o dólar". Nesta terça-feira, o Banco Central realizou mais um leilão de swap cambial, vendendo apenas 42 por cento dos contratos ofertados. Desde 6 de outubro, quando voltou a realizar este tipo de operação diariamente, o BC já vendeu contratos com volume equivalente a quase 20 bilhões de dólares. "A idéia deste tipo de operação é saturar o mercado", afirmou Voss, ressalvando que ainda é cedo para confirmar uma eventual saturação "pois o mercado ainda está muito volátil". Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora de Câmbio, ressaltou que o mercado está começando a buscar um equilíbrio. "Com os derivativos começando a pesar sobre os bancos, estes começaram a colaborar para a queda da cotação". O gerente ainda chamou a atenção para a intensificação do volume de negócios nas últimas sessões. "Hoje a gente já sente que o mercado voltou a ter mais negócio". "Não há exportador que resista e muito menos importador... se não houver um equilíbro da taxa pelos participantes" do mercado não tem como ter negócios, disse Galhardo, lembrando que a forte desvalorização do real frente ao dólar esvaziou o mercado cambial nos últimos meses.

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