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Dólar segue reação a Fed e cai 0,58% ante real

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Por Silvio Cascione
Atualização:

O dólar seguiu o movimento do mercado global após a reunião do Federal Reserve e fechou em queda nesta terça-feira, aumentando a atenção dos agentes para a ação do governo no câmbio. A moeda norte-americana caiu 0,58 por cento, a 1,718 real, após começar o dia em leve alta. No mercado global, o euro subia mais de 1,3 por cento às 16h30. Ante uma cesta com as principais moedas, o dólar perdia 1,1 por cento. Divisas de perfil semelhante ao real, como o dólar australiano, subiam 0,7 por cento. O banco central norte-americano disse estar pronto para dar mais estímulos à economia, se necessário, e afirmou que a inflação está um pouco abaixo do nível que considera coerente com um quadro de estabilidade de preços. O Fed renovou ainda a promessa de manter os juros em um nível baixo por um período prolongado. A remuneração quase zero dos investimentos nos Estados Unidos é um dos motivos para o interesse dos estrangeiros em aplicações no Brasil, onde a economia tem se mantido em crescimento e o juro básico alcança 10,75 por cento ao ano. Somente em setembro até o dia 17, já entraram no país 11,135 bilhões de dólares. O número, mais de três vezes maior que o saldo positivo do resto do ano, está inflado pela oferta de ações da Petrobras e é o principal responsável pela tendência recente de queda do dólar, que tem sido combatida pelo governo. "(A queda do dólar) é por fluxo mesmo. O mercado continua líquido, com bastante fluxo de entrada.. O euro também está um pouco mais acima. Daí o mercado vem na tendência", disse o operador de câmbio da corretora Renascença José Carlos Amado. Além dos dois leilões de compra realizados pelo Banco Central nesta terça --repetindo o procedimento das últimas duas semanas--, o mercado esteve atento a uma eventual intervenção do Fundo Soberano. Mas a ameaça teve força contra a queda do dólar apenas no começo do dia. "A autorização formal para o uso dos recursos para compra de dólares (pelo Fundo Soberano) já existe desde o final de 2009 e, portanto, não representa nenhuma novidade", afirmaram os economistas Adriana Dupita, Fernanda Consorte e Antonio Louro, da Votorantim Corretora, em relatório.

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