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Dólar sobe 0,11% e atinge nova máxima desde 2 de outubro

Aumento sazonal das importações sustenta demanda pela moeda norte-americana

Foto do author Silvio Cascione
Por Silvio Cascione e da Reuters
Atualização:

O dólar terminou a quinta-feira praticamente estável, mantendo-se acima de 1,77 real após uma sessão influenciada pelo comportamento do mercado global e marcada por problemas técnicos no início da manhã. A moeda norte-americana fechou cotada a 1,774 real, com variação positiva de 0,11 por cento. É a maior cotação de fechamento desde 2 de outubro. No começo do dia, a melhora do ambiente de risco no exterior favoreceu a valorização do real. Ao longo do dia, porém, o dólar se recuperou ante outras moedas, e as commodities --principal componente da balança comercial do Brasil-- perderam força. O petróleo, por exemplo, chegou a ser cotado abaixo de 70 dólares pela primeira vez desde 8 de outubro nos Estados Unidos. O movimento do dólar ao longo do dia "sugere um leve aumento da aversão a risco. Hoje foi bem volátil", disse Marcelo Portilho, estrategista da CM Capital Markets. Profissionais de mercado comentaram que não houve um fator específico no mercado interno para a recuperação do dólar ao longo do dia, mas lembraram que nas últimas sessões as compras têm sido realizadas de forma mais intensa. Entre os agentes que mais têm elevado a demanda por dólares estão os estrangeiros, que em menos de uma semana quase dobraram suas posições compradas em dólar futuro e cupom cambial, para 7,5 bilhões de dólares, em um movimento que acompanhou o aumento da aversão a risco no exterior. O comportamento sazonal do mercado no fim do ano, com aumento das importações e eventuais saídas de dólares, também contribui para sustentar a demanda pela moeda norte-americana. Por volta das 10h, uma pane interrompeu o sistema de negociação GTS da BM&FBovespa, o que paralisou as negociações de dólar futuro até aproximadamente 10h45. De acordo com operadores, isso prejudicou o mercado interbancário de dólar à vista, já que os contratos futuros são usados como referência para a formação da taxa de câmbio. No fim do dia, porém, o volume negociado no vencimento de maior liquidez era superior a 250 mil contratos, em linha com a média dos últimos pregões.

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