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Dólar sobe após leilões do BC e supera R$ 1,84 no balcão

Autoridade monetária e mercado reforçam novo piso informal para moeda

Por Silvana Rocha e da Agência Estado
Atualização:

O dólar no mercado de câmbio doméstico descolou-se à tarde da queda da moeda norte-americana no exterior, porque o Banco Central absorveu via dois leilões de compra o fluxo cambial positivo excedente. Foi a terceira sessão seguida em que a autoridade monetária fez dois leilões de compra à vista num mesmo dia. E mais uma vez ficou claro que, para o BC e o mercado, o novo piso informal é de R$ 1,84.As cotações à vista ajustaram-se para cima após cada atuação da autoridade monetária. No primeiro leilão, a taxa de corte ficou em R$ 1,8371 e, no segundo, em R$ 1,8404 - ambas cotações acima dos preços à vista na hora em que os leilões eram realizados. Depois do primeiro leilão, após o meio-dia, a autoridade monetária resgatou o dólar do campo negativo, ao enxugar o fluxo cambial favorável excedente registrado no fim da manhã. O segundo leilão ocorreu por volta das 16 horas, faltando cerca de 30 minutos para o encerramento dos negócios no balcão, e a moeda à vista acelerou levemente o ganho exibido.Minutos antes do encerramento dos negócios, o dólar no balcão voltou a tocar na máxima de R$ 1,8420 (+0,22%), já verificada logo após a abertura da sessão. No fechamento, porém, a divisa no balcão desacelerou ligeiramente e subiu 0,16%, a R$ 1,8410 - pelo segundo pregão seguido. A mínima, pela manhã, foi de R$ 1,8320 (-0,33%). Na BM&F, o dólar spot subiu 0,09%, a R$ 1,8391. O giro total à vista na clearing de câmbio até 16h50 somava US$ 1,832 bilhão (US$ 1,805 bilhão em D+2).No mercado futuro, nesse horário, o dólar maio 2012 avançava 0,22%, a R$ 1,8475, após oscilar entre mínima de R$ 1,8375 (-0,33%) e máxima de R$ 1,8485 (+0,27%).No exterior, o dólar oscilou bastante, tendo subido pela manhã e recuado à tarde - sem notícia nova aparente. De todo modo, persistem as preocupações com a possibilidade de contágio da frágil situação fiscal da Espanha sobre a Itália, o que se traduziu em nova rodada de alta das taxas de retorno dos bônus desses dois países. Nos Estados Unidos, os dados vieram mistos, com aumento das vendas no varejo do país em março ante fevereiro e também dos estoques das empresas, enquanto o índice de confiança das construtoras de casas dos EUA recuou em abril pela primeira vez em sete meses e o índice Empire State de atividade industrial do Fed de Nova York teve forte queda, para 6,56 em abril, ante 20,21 em março.Na China, o Banco do Povo da China (PBOC, o banco central do país) anunciou no fim de semana que ampliaria a partir desta segunda-feira a banda de oscilação do yuan ante o dólar para 1,0% acima ou abaixo da taxa de paridade central, em comparação com 0,5% anteriormente. A Administração Estatal de Câmbio da China informou também que permitirá que participantes do mercado de câmbio local mantenham posições compradas em yuan contra moedas estrangeiras, removendo uma antiga restrição que tem ajudado as autoridades a conter especulações excessivas contra a apreciação do yuan nos últimos anos. O dólar fechou a 6,3150 yuans, abaixo da máxima intraday de 6,3250 yuans atingida logo depois da abertura da sessão na Ásia, mas acima de 6,3030 yuans na sexta-feira.Em Nova York, às 17h03, o euro subia a US$ 1,3139, ante US$ 1,3077 no fim da tarde de sexta-feira. O dólar estava em 0,9148 franco suíço, de 0,9197 franco suíço anteriormente; e recuava a 80,45 ienes, de 80,92 ienes na sexta-feira.

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