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Dólar sobe com PIB ruim dos EUA e tem alta de 2,5% no mês

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Por Redação
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Acompanhando o pessimismo no mercado externo, depois de dados piores que o esperado do PIB dos Estados Unidos e de um acordo que aumentou a presença do governo no Citigroup, o dólar fechou em alta nesta sexta-feira. A moeda norte-americana avançou 1,11 por cento, cotada a 2,371 reais. Em fevereiro, o dólar acumulou alta de 2,46 por cento --a mais acentuada desde novembro passado. Para março, analistas esperam nova rodada de valorização do dólar com a persistência dos problemas externos, mas com variações mais comedidas diante do real. "A gente precisa ter uma sinalização de que o 'elefante' (os EUA) começa a andar... Os Estados Unidos andando bem, a gente anda também", analisou Marcos Forgione, operador de câmbio da B&T Corretora. Dados divulgados esta manhã mostraram que o Produto Interno Bruto norte-americano caiu 6,2 por cento no quarto trimestre de 2008, a maior contração desde 1982. Analistas esperavam uma queda de 5,4 por cento. Com relação ao setor bancário, um dos mais afetados pela crise global, o governo norte-americano anunciou que vai aumentar sua participação no Citigroup para até 36 por cento, após um acordo para reforçar a base de capital da instituição. Mário Paiva, analista de câmbio da Corretora Liquidez, acredita que a moeda norte-americana deva exibir leve alta em março. "O que eu posso falar é que o dólar não vai subir exageradamente em relação ao real", ponderou. Para ele, a última Ptax (cotação média do dólar) de fevereiro, que serve como referência para a liquidação de contratos futuros e outros derivativos, também pressionou o mercado nesta sessão. O analista citou ainda que a moeda norte-americana já vem passando por uma correção técnica diante do agravamento da crise externa e, com isso, as próximas variações podem ser menores. Os investidores estrangeiros continuam mantendo posição comprada em dólar --o que, na prática, equivale a uma aposta na alta da moeda norte-americana. Na véspera, conforme os últimos dados disponíveis, esses investidores mantinam posição comprada em 12,35 bilhões de dólares. (Reportagem de José de Castro)

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