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Dólar sobe mais de 1% em dia de poucos negócios e à espera do BC

O dólar fechou em alta superior a 1 por cento sobre o real nesta segunda-feira, com investidores ainda aguardando detalhes sobre o programa de intervenção no câmbio do Banco Central, que será estendido no ano que vem, em uma sessão marcada por poucos negócios a poucos dias do feriado de Ano Novo. A divisa norte-americana subiu 1,23 por cento, a 2,7071 reais na venda, depois de fechar a sessão anterior com baixa de 0,83 por cento. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 1 bilhão de dólares. "O movimento de hoje foi pontual, de encerramento de ano", disse o diretor de câmbio da Pioneer Corretora, João Medeiros. O mercado também ficou sensível devido à briga pela formação da Ptax deste mês, que ocorre no dia seguinte. Nesta manhã, o BC deu continuidade às intervenções diárias no mercado de câmbio, ofertando até 4 mil swaps cambiais, com volume equivalente a 195,3 milhões de dólares. Foram 500 papéis com vencimento em 1º de setembro de 2015 e 3,5 mil para 1º de dezembro de 2015. O BC também vendeu a oferta integral de até 10 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 2 de janeiro, equivalentes a 9,827 bilhões de dólares. Ao todo, a autoridade monetária rolou cerca de 95 por cento do lote total. Este deve ter sido o último leilão de rolagem para o lote de janeiro, caso o BC mantenha a estratégia de fazer vendas até o penúltimo pregão do mês. O próximo lote de swap vence em 2 de fevereiro e equivale a 10,405 bilhões de dólares. O mercado ainda aguardava a definição de como será a extensão do programa de intervenções diárias do BC no câmbio. O presidente do BC, Alexandre Tombini, já afirmou que os leilões diários de swaps cambiais serão mantidos no ano que vem, com volumes equivalentes a entre 50 milhões e 200 milhões de dólares. "É isso que o mercado ainda espera. Já se sabe que o programa de swap vai continuar, o mercado está só na expectativa do montante", disse o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo.

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Por Redação
Atualização:

(Por Flavia Bohone)

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