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Dólar sobe, mas risco país é o menor desde fevereiro de 2001

Por Agencia Estado
Atualização:

Os C-Bonds, principais títulos da dívida brasileira, foram vendidos a 92,938 centavos por dólar no encerramento dos negócios nesta segunda-feira. Em relação ao fechamento da semana passada, a valorização é de 0,68%. Segundo analistas, a demanda pelos títulos brasileiros, motivada pela busca de uma rentabilidade mais atraente oferecida pelos papéis de países emergentes em troca de um risco maior, pressionou para cima o preço dos títulos. Essa valorização está refletida na queda da taxa de risco país ? taxa que reflete a confiança dos investidores estrangeiros na capacidade de pagamento da dívida do país. O risco Brasil encerrou o dia em 696 pontos base, o que significa que os papéis públicos brasileiros pagam uma taxa superior aos títulos norte-americanos em 6,96 pontos porcentuais. Trata-se do nível mais baixo desde 15 de fevereiro de 2001. Apesar disso, o dólar comercial terminou o dia em alta de 1,23%, cotado no patamar máximo do dia, em R$ 2,8750 na ponta de venda. No início das operações, a moeda norte-americana foi vendida a R$ 2,8380 e a cotação mínima foi de R$ 2,8350. Com o resultado de hoje, o dólar comercial acumula uma queda de 3,20% em junho e de 18,79% no ano. Segundo analistas, a perspectiva de redução do compulsório ? parcela recolhida pelas instituições ao Banco Central ?, o que aumentará o volume de recursos dos bancos, levou a uma antecipação da compra de dólares no mercado à vista, por parte das tesourarias de bancos, as quais, segundo operadores ouvidos pela editora Silvana Rocha, aproveitaram as baixas cotações da moeda norte-americana. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em alta de 0,72%. No mercado de juros, os contratos de DI futuro (pós-fixados), negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), com vencimento em janeiro, encerram o dia em 23,080% ao ano. Na sexta-feira, esses contratos negociavam taxas no patamar de 23,160% ao ano.

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