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Dólar sobe pelo 2º dia com cautela de estrangeiros

Queda generalizada nos preços de commodities no exterior traz mais um dia de oscilação no mercado brasileiro

Foto do author Silvio Cascione
Por Silvio Cascione e da Reuters
Atualização:

O dólar fechou em alta nesta quinta-feira, 20, reagindo à postura mais cautelosa dos investidores estrangeiros em meio à queda generalizada das commodities no mercado internacional. A moeda norte-americana subiu 0,64% na última sessão da semana, para R$ 1,732. Em março, o dólar acumula alta de 2,4%. Veja também: Cronologia da crise financeira  Juro americano cai para 2,25% e Fed sinaliza novas reduções Entenda a crise nos Estados Unidos   O sobe e desce do dólar  Veja os efeitos da desvalorização do dólar As matérias-primas, que constituem a maior parte das receitas comerciais do Brasil e influenciam as duas maiores empresas listadas na Bolsa de Valores de São Paulo, tiveram mais um dia de perdas no exterior. O petróleo, por exemplo, chegou a ser negociado abaixo de US$ 100 o barril. O movimento de queda, semelhante ao da véspera, era provocado pela retirada de recursos no setor. As commodities haviam sido procuradas nas últimas semanas como proteção diante da crise internacional de crédito. "(O mercado está) bem na defensiva. Ninguém sabe exatamente se (a crise) vai parar por aí, então está todo mundo pisando em ovos", disse o operador de câmbio de uma corretora nacional. Diferentemente da véspera, porém, as bolsas de valores em Nova York se sustentavam em alta perto de 2% no final da tarde, puxadas pela valorização no setor financeiro. Isso evitou um avanço mais contundente do dólar no encerramento dos negócios. No momento mais tenso do dia, a moeda norte-americana chegou a superar R$ 1,75. Mesmo com a alta, o Banco Central realizou um leilão de compra de dólares no mercado à vista. Na operação, a autoridade monetária aceitou duas propostas, segundo operadores, com taxa de corte a R$ 1,7404.

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