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Dólar sobe por bolsas fracas e pressão de importadores

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Por Redação
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Após operar sem tendência durante boa parte da sessão, o dólar fechou em leve alta ante o real nesta quarta-feira, na esteira da volatilidade das principais bolsas de valores. De acordo com operadores, pressões compradoras, principalmente de importadores, também contribuíram para a valorização da divisa. A moeda norte-americana encerrou o dia com avanço de 0,27 por cento, a 2,250 para venda. O dólar chegou a cair 0,36 por cento, após ter iniciado a sessão com valorização de quase 1 por cento. Luiz Piason, gerente de operações de câmbio da Corretora Concórdia, lembrou que o mercado de câmbio brasileiro é um "vaso comunicante com o mercado internacional", ressaltando o peso dos mercados acionários sobre as cotações do câmbio internamente. Depois de avançarem durante a manhã, as bolsas de valores dos Estados Unidos registraram perdas à tarde, com o mau desempenho de empresas de tecnologia pesando sobre os mercados. Preocupações sobre o plano do governo norte-americano para limpar ativos podres dos bancos também pressionavam. No momento do fechamento do mercado de câmbio doméstico, as bolsas de Nova York caíam cerca de 0,5 por cento, enquanto a Bovespa tentava se manter descolada, com variação positiva em torno de 0,1 por cento. No final, o mercado acionário fechou em território positivo tanto interna como externamente. Nesta quarta-feira, o Banco Central anunciou que fará uma pesquisa de demanda para medir as condições de mercado para a realização de um leilão de swap cambial na quinta-feira. O objetivo da operação é iniciar a rolagem de um lote de contratos que vence em 1o de abril. Segundo o BC, o lote totaliza 7,6 bilhões de dólares. "O pessoal estava especulando sobre o leilão de swap cambial, porque o Banco Central não se manifestava sobre isso", explicou Silvino Guerra, coordenador de câmbio da Corretora Souza Barros. Guerra considerou que a apreensão de investidores com relação ao leilão de swap cambial contribuiu para a volatilidade exibida no período da tarde. De acordo com os dados mais atualizados da BM&F, o volume de dólar negociado à vista somava cerca de 2,5 bilhões de dólares, em linha com a média diária do mês de março. Ante uma cesta com as principais moedas globais recuava cerca de 0,5 por cento. (Reportagem de José de Castro)

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