O dólar fechou em alta nesta terça-feira, acompanhando a maior aversão a risco no exterior em uma sessão que contou com intervenções do Banco Central no mercado futuro e à vista. A moeda norte-americana teve variação positiva de 0,30 por cento, a 1,673 real. Enquanto o mercado brasileiro encerrava as operações, o dólar subia 0,16 por cento em relação a uma cesta com as principais moedas, como o euro. O principal foco dos investidores era a instabilidade na Líbia, que fazia disparar o preço do petróleo e provocava a valorização do franco suíço. Centenas de pessoas já morreram em meio à repressão aos protestos contra a ditadura de Muammar Gaddafi. Neste ano, Egito e Tunísia já assistiram à queda de seus presidentes. Nas últimas sessões, a autoridade monetária tem evitado repetir o mesmo padrão de intervenção. Na segunda-feira, por exemplo, o BC fez dois leilões de compra de dólar a termo. "Ele continua querendo ser errático quanto às atuações. É mais para surpreender o mercado, tirar as expectativas", disse o operador de um banco dealer, que não quis ser identificado. De acordo com profissionais de mercado, o fluxo positivo predominou nesta sessão, principalmente na parte da manhã. Dados parciais da clearing (câmara de compensação) da BM&FBovespa indicaram um volume de ao menos 2,7 bilhões de dólares nesta sessão, acima da média para este mês. (Reportagem de Silvio Cascione)