30 de outubro de 2014 | 09h15
Alguns especialistas entenderam que o movimento pode ser sinal de que a política econômica no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff tende ser diferente da feita até agora, criticada por causar inflação elevada e baixo crescimento.
Por outro lado, o tom mais duro do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, e a expectativa de que osjuros nos Estados Unidos comecem a subir mais cedo trazem pressão de alta,mostrando uma tendência de enfraquecimento não só do real como de outras moedasemergentes.
O BC é duramente criticado pelo mercado por deixar o índice oficial de inflação (IPCA) grudado no teto da meta de 6,5% por muito tempo e agora tenta deixar claro, de forma mais contundente, que não despreza as pressões inflacionárias e que buscará trazer o IPCA ao centro da meta de 4,5% no novo mandato de Dilma Rousseff. O IPCA acumulado em 12 meses está acima do teto da meta, em 6,75%.
Para analistas, a medida sinaliza que o BC busca retomar a confiança do mercado. O ex-presidente do Banco Central e sócio da Tendências Consultoria, Gustavo Loyola, avaliou que a alta da Selic é um sinal de que o órgão busca "recuperar a credibilidade da política monetária após o embate eleitoral", numa sinalização ao mercado de um maior rigor da política monetária.
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