27 de outubro de 2010 | 00h00
A moeda americana subiu 0,29%, para R$ 1,706. "(O mercado) acompanhou o movimento do dólar mais forte lá fora. Só isso", disse José Carlos Amado, operador de câmbio da corretora Renascença. A moeda americana tem se desvalorizado desde setembro pela perspectiva de que o Fed, para fazer frente à fraqueza da atividade econômica, vai aumentar a oferta de dólares na reunião da próxima semana.
O ajuste desta sessão ocorreu, de acordo com operadores, porque ainda não está clara a extensão das prováveis medidas. O mercado local seguiu de perto a variação do dólar no exterior também por causa da ausência de novidades sobre a atuação do governo brasileiro no câmbio.
Repetindo a postura do ministro da Fazenda, Guido Mantega, na véspera, o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, disse que é cedo para que novas medidas sejam tomadas .
Na semana passada, o governo elevou o imposto incidente sobre investimentos estrangeiros em renda fixa e aumentou a taxação sobre as margens de garantia depositadas por não-residentes na Bolsa. Segunda-feira, Mantega descartou a volta do IR sobre o ganho dos estrangeiros em renda fixa.
Ainda assim, a perspectiva de que uma eventual queda do dólar provoque nova ofensiva do governo mantém o mercado de sobreaviso. "Por ora, o dólar continua preso perto de R$ 1,70, com o mercado um pouco nervoso", escreveu Win Thin, chefe global de estratégia para mercados emergentes do banco Brown Brothers Harriman, em Nova York.
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