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Dólar volta a subir com vencimentos cambiais

Vencimentos cambiais de cerca de US$ 1 bilhão na quarta-feira concentram especulações no câmbio. O rebaixamento do rating do Brasil pela Fitch teve efeitos no mercado. Também na reunião de quarta-feira do Copom, não se esperam mudanças na Selic.

Por Agencia Estado
Atualização:

O dólar voltou a subir hoje, impulsionado, mais uma vez, pelos vencimentos de dívida cambial. Na quarta-feira, estarão vencendo cerca de US$ 1 bilhão. Durante a semana são aproximadamente US$ 500 milhões em dívidas privadas e boa parte deve ser honrada, segundo especialistas. A pressão foi alimentada também pela decisão da agência de classificação de risco Fitch Ratings de rebaixar os ratings (nota que reflete a confiança) do Brasil com possibilidade de novos rebaixamentos. Os motivos apontados pela Fitch foram a piora da solvência do Brasil provocada por pelas incertezas a respeito da continuidade da política econômica e da sustentabilidade da dívida. A agência associa essas incertezas ao quadro político. Internamente, os resultados de pesquisas eleitorais deixaram de ter impacto em negócios e há consenso de que a provável vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT/PL) já está embutida nos preços dos ativos cambiais. Mas os investidores seguem alertas a tudo que envolve a transição de governo, principalmente às declarações de Lula e seus assessores sobre política econômica. Sem novidades no front político-econômico, um dos destaque da manhã foi o leilão de contratos cambiais feito pelo Banco Central para rolar parte do vencimento do dia 23. Mas a autoridade monetária não aceitou nenhuma das propostas do mercado. Na quarta-feira será realizada a reunião mensal do Comitê de Política Monetária (Copom) para discutir a Selic, a taxa básica referencial de juros da economia, atualmente em 21% ao ano. As taxas projetadas no mercado de futuros intensificaram a queda nesta segunda-feira, expressando que a idéia de manutenção da Selic é um consenso entre profissionais. Até a semana passada, os contratos carregavam prêmios bastante elevados, por conta da expectativa de que, se o dólar não cedesse, o Copom - que se reúne amanhã e quarta-feira - poderia elevar novamente o juro. Desde sexta-feira, no entanto, o mercado vem reavaliando essa aposta e já considera que não há razão, neste momento, para elevar o juro básico, que está bastante elevado Mercado Às 15h, o dólar comercial era vendido a R$ 3,9050, em alta de 0,77% em relação às últimas operações de ontem, oscilando entre R$ 3,9000 e R$ 3,9300. Com esse resultado, o dólar acumula uma alta de 68,61% no ano e 14,68% nos últimos 30 dias. No mercado de juros, os contratos de DI futuro com vencimento em janeiro de 2003 negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros pagavam taxas de 23,700% ao ano, frente a 24,250% ao ano ontem. Já os títulos com vencimento em julho de 2003 têm taxas de 26,400% ao ano, frente a 27,000% ao ano negociados ontem. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) operava em alta de 0,73% em 9088 pontos e volume de negócios de R$ 569 milhões. Com esse resultado, a Bolsa acumula uma baixa de 33,07% em 2002 e 5,20% nos últimos 30 dias. Das 50 ações que compõem o Ibovespa - índice que mede a valorização das ações mais negociadas na Bolsa -, 12 apresentam quedas. Mercados internacionais Em Nova York, o Dow Jones - Índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - operava em alta de 2,02% (a 8490,9 pontos), e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - sobe 1,32% (a 1304,88 pontos). O euro era negociado a US$ 0,9733; uma alta de 0,22%. Na Argentina, o índice Merval, da Bolsa de Valores de Buenos Aires, estava em baixa de 0,35% (447,59 pontos). Não deixe de ver no link abaixo as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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