PUBLICIDADE

Publicidade

'Dormia e comia mal; estava desequilibrado'

Depois de quatro anos sem férias, executivo mudou de rotina e incluiu 'cláusula de descanso' em seu contrato

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Depois de ver sua produtividade e saúde desabarem, Flávio Ferraz, então executivo global de vendas de uma indústria de pisos de madeira, precisou rever seus conceitos. "O ser humano pensa que está sempre consciente, mas não está", diz. Responsável, na época, pela implantação de uma filial da empresa nos Emirados Árabes e pelas vendas para outros 25 países, o hoje empresário ficou quatro anos seguidos sem férias, entre 2005 e 2009. "Eu dormia mal, comia mal. Tive problemas com meu peso, que começou a afetar a minha coluna. Enfim, tudo estava desequilibrado", conta.Esgotado, ele deixou a empresa, abriu o próprio negócio no mesmo ramo e criou a Tinderfloor, que hoje vende para o Brasil e para o exterior.Para não cometer os mesmos erros, fez coaching para, sobretudo, deixar de ser centralizador. "Eu canalizava tudo para mim, guardava muita coisa que não precisava. Coisas pequenas que não cabem a um líder", revela. "Aprendi que não posso suportar e decidir tudo sozinho, que é preciso dividir." Desde então, Ferraz consegue se planejar para sair de férias todos os anos. Compromisso assumido consigo e expresso claramente no contrato social da sua empresa.Segundo ele, a organização permitiu a mudança, além da confiança na equipe e a dividisão de tarefas. "Hoje, faço mais coisas do que antes por ser mais organizado. E minha produtividade nem se compara à do passado." Com a agenda definida para o ano todo, Ferraz diz que hoje consegue traçar planos para de longo prazo para a empresa, diferentemente do tempo em que ficava preso ao dia a dia. "Agora, eu consigo ver onde posso estar daqui a cinco anos. Antes, eu só pensava nisso, mas não tinha ação ou planejamento."/L.C

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.