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Dresdner rebaixa papéis da dívida brasileira

Por Agencia Estado
Atualização:

O banco de investimentos Dresdner Kleinwort Wasserstein (DKW) reduziu na sexta-feira passada a sua recomendação para a dívida brasileira de ´overweight´ (acima da média da carteira de investimentos) para ´marketweight´(na média da carteira de investimentos). Durante cerca de dois anos, o Brasil vinha recebendo uma recomendação overweight na carteira de investimentos do DKW, mesmo durante a crise que antecedeu a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o economista sênior do banco, Nuno Camara, a redução ocorreu por motivos técnicos, com a possibilidade de alta dos juros nos Estados Unidos, e pela percepção dos mercados de que pode haver uma deterioração dos fundamentos econômicos do País. "Na nossa avaliação nada mudou nos fundamentos do Brasil, continuamos com uma visão positiva no que se refere ao crescimento, inflação, balança comercial e lado fiscal", disse Camara à Agência Estado. "Mas o problema é que não interessa apenas o que achamos. Setores importantes do mercado estão colocando em dúvida os fundamentos e isso tem um reflexo negativos nos preços dos ativos do país." Perspectivas O DKW acredita que há um espaço muito limitado para uma eventual valorização da dívida brasileira nos próximos meses. Além dos fatores externos, deverá ocorrer mais volatilidade (oscilação) na política doméstica, uma maior estratégia gradualista na queda dos juros e incertezas sobre o aspecto fiscal. Camara observou, no entanto, que não vê com preocupação os temores de que o governo brasileiro não cumpra com a meta fiscal para 2004. "Acredito apenas que nesse ano, ao contrário do anterior, o controle de gastos será mais rigoroso no segundo semestre, ao invés do primeiro."

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