30 de novembro de 2009 | 15h29
Após quatro dias de feriado religioso, estas estão entre as primeiras declarações oficiais sobre os problemas envolvendo uma proposta de reestruturação da dívida do Dubai World, anunciada pelo governo na quarta-feira, antes do feriado. O governo de Dubai pediu aos credores do conglomerado estatal, que têm presença internacional em operações de portos e no setor imobiliário, a paralisação dos pagamentos de suas dívidas, estimadas em cerca de US$ 60 bilhões.
Al Saleh disse também que o governo não dará garantias às dívidas do Dubai World. O economista-chefe do Banque Saudi Fransi, John Sfakianakis, questionou se o governo de Dubai teria receita para sustentar a dívida do Dubai World se esta fosse garantida. Portanto, para ele, distinguir a empresa do governo não esclarece o problema.
O banco central dos Emirados Árabes Unidos informou ontem à noite que dará suporte aos credores do país com potencial de pesadas perdas por exposição ao Dubai World. Saleh disse que o banco central interveio para garantir a estabilidade dos mercados, que não devem se preocupar com os bancos do país. "Acredito que os bancos não estão em estágio em que precisem de liquidez extraordinária do banco central", afirmou. Mas o banco central dos Emirados anunciou ontem um novo instrumento de liquidez para os bancos que operam no país. Em mensagem enviada por e-mail aos bancos, o BC disse que disponibilizará para as instituições "um instrumento especial de liquidez adicional" à taxa de 0,50 ponto porcentual sobre a Eibor" (taxa interbancária do país) de três meses.
A Moody''s Investors Service disse que o anúncio de plano de reestruturação da dívida do Dubai World não deve ameaçar a qualidade do crédito do governo de Abu Dabi e o governo federal dos Emirados Árabes Unidos. Ambos tem rating Aa2, com perspectiva estável. As informações são da Dow Jones.
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