
15 de dezembro de 2015 | 02h06
Sônia Hess, que foi presidente da Dudalina por 12 anos enquanto a marca pertencia à sua família e hoje integra o conselho da Restoque, rede que incorporou a Dudalina, conta que era questionada por empresários do setor pelas escolhas dos países onde ingressava. "O dólar de Quito é o mesmo da 5ª Avenida, é igual ao da Champs Elysée. O que importa é trazer 'verdinhas' para o Brasil", brinca a empresária.
Em 2015, a Dudalina abriu a primeira loja em Estocolmo, na Suécia, que é somada às duas unidades na Bolívia e uma fábrica no Peru. Até 2017, a marca projeta ter vinte lojas Dudalina espalhadas pelo mundo. Porém, o mercado norte-americano, que pode parecer promissor aos olhos de empreendedores brasileiros, ainda não está nos planos do grupo. "Preferimos, por enquanto, ter cautela. Dar um passo à frente e ter que voltar nunca é uma boa ideia. Queremos andar e continuar à frente", reflete Sônia.
A empresária avalia que, para avançar no comércio exterior, o Brasil precisa ter coragem. "Se não formos para fora, ficamos aqui chorando por causa da crise", pontua Sônia, que se orgulha das fronteiras que a marca já rompeu. Para ela, há um potencial de acordos comerciais ainda não explorado por falta de qualificação dos exportadores brasileiros.
"O Brasil precisa exportar valor agregado. Temos aqui marcas fabulosas e outros mercados ficam admirados com o que conseguimos fazer", reflete Sônia. Para isso, porém, é preciso conhecer o cenário do mercado onde se quer entrar. "Nossa primeira coleção em Milão, por exemplo, não deu certo. É preciso entender o mercado e adaptar sua história a ele."
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