PUBLICIDADE

Publicidade

Duhalde aventa, pela primeira vez, conversibilidade

Por Agencia Estado
Atualização:

Pela primeira vez, desde que assumiu o governo, há pouco mais de dois meses, o presidente da Argentina, Eduardo Duhalde, admitiu a possibilidade de dolarizar a economia. A idéia foi enunciada numa reunião com os governadores justicialistas, que se estendeu até a madrugada de ontem. "Me digam se não conviria uma nova conversibilidade. Não sei, dois pesos um dólar, e cravar a cotação do câmbio", refletiu em voz alta com seus colegas peronistas. A frase do presidente, comentada por alguns dos governadores, repercutiu somente no começo da noite e semeou dúvidas no programa econômico que leva adiante, pois Duhalde voltou a falar sobre o assunto em entrevista a uma rádio. Desmentido Porém, na Casa Rosada, todos os assessores que lidam com a imprensa trataram de desmentir a versão. O ministro de Economia, Jorge Remes Lenicov, disse, na ocasião, que uma nova conversibilidade traria inconvenientes no programa porque congelaria as simetrias da economia argentina e impediria a flutuação da moeda, pedida pelo FMI. No mercado existe um boato de que o governo teria encomendado um estudo sobre o assunto para alguns economistas privados. O governo desmente o rumor. Por via das dúvidas, os jornais argentinos já fizeram os cálculos de quanto seria a conversibilidade. "As reservas em dólares do Banco Central somam US$ 13,627 bilhões. Quando junta-se os $ 12,460 bilhões de pesos em circulação e os $ 8,172 bilhões de pesos dos compulsórios, se chega ao passivo monetário do BC de mais de $20,632 bilhões de pesos. Ou seja, concretamente , há que aplicar uma conversibilidade com um câmbio cujas reservas de US$ 13,627 bilhões de dólares respaldem 100% deste passivo. Daí surge que a cotação do câmbio deveria estar em, pelo menos, $1,51 pesos. Quando se multiplica o total de reservas por $1,51 peso, se chega a um valor em pesos de $20,632 bilhões, igual à base monetária", diz o jornal Ámbito Financiero. O Clarin e La Nación também fizeram o mesmo cálculo. Leia o especial

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.