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Duhalde diz que ainda vai decidir quem presidirá BC

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente Eduardo Duhalde colocou em dúvida a permanência de Mario Blejer à frente do Banco Central. Em uma entrevista ao canal de televisão TN (Todo Notícias), Duhalde disse que "nos próximos dias" decidirá o perfil de quem ocupará a presidência do Banco Central, que deverá "refletir a nova aliança do governo" com o setor produtivo nacional. Blejer, no entanto, já é considerado pelo mercado e pela imprensa argentina como o presidente da instituição que, até a saída de Pedro Pou, em abril do ano passado, era independente, com mandato de cinco anos. A demissão de Pou foi provocada pelas brigas com Domingo Cavallo e ele saiu antes de terminar seu mandato. O BC argentino retomará várias de suas funções destituídas a partir da conversibilidade, há 11 anos. A aprovação, ontem, da reforma da Carta Orgânica, pelo Senado, autoriza o BC a emitir moeda e a se tornar emprestador de última instância. Alguns parlamentares se negaram a votar, reclamando a "ausência de regras monetárias para restringir a emissão". Outros criticaram a falta de explicações do governo para que o BC se torne credor de última instância. "É um verdadeiro cheque em branco para que o Banco Central ajude entidades financeiras sem nenhum controle", afirmou o senador de Salta, Ricardo Gómez Diez. A reforma na Carta Orgânica estabelece uma espécie de Proer para os bancos argentinos, uma medida que já havia antes do regime cambial da paridade um a um. O BC poderá injetar dinheiro nos bancos com problemas de liquidez até um limite equivalente a seus patrimônios. Em troca, o BC passará a ter participação acionária no banco assistido que, se não conseguir manter a liquidez, será liquidado pelo BC. Leia o especial

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