O presidente da Argentina, Eduardo Duhalde, confirmou hoje que "há uma decisão de que em um prazo máximo de quatro meses o corralito dos depósitos, dos prazos fixos e contas-poupança esteja suspenso". Porém, o presidente admitiu que ainda não tem o plano completo para tomar esta medida e afirmou que "hoje vai ter o primeiro rascunho do que o Ministério de Economia está aconselhando" sobre o assunto. Em entrevista coletiva à imprensa, Duhalde mandou um recado aos bancos: "eles sabem que a Argentina é um país de enorme potencialidade e que, quando estiver bem, poderão fazer bons negócios", numa referência às ameaças de alguns bancos de fecharem suas portas, como o Banco Río e o Scotiabank Quilmes. Este último se encontra sob intervenção do Banco Central e sem esperanças de um acordo com o governo para continuar suas operações no país. Sobre o Fundo Monetário Internacional, Duhalde afirmou que "nesta ou na próxima semana" estarão votadas as leis exigidas pelo organismo e que "o objetivo central é chegar à um acordo com o FMI, obter créditos e potencializar a Argentina". Porém, questionou declarações de funcionários do governo norte-americano de que o FMI tem um plano econômico para o país. "Não tem explicação, nem lógica que o Fundo apresente seu plano", disse Duhalde, que considerou tais declarações "um absurdo". "Essa declaração só pode ter sido tirada de contexto", disse ele.