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Dutos comuns podem ser solução para gás no Cone Sul

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente peruano, Alejandro Toledo, considerou "extraordinária" a idéia de Argentina, Brasil, Chile e Uruguai possuírem uma rede conjunta de abastecimento de gás desde a jazida de Camisea, em seu país. Para tanto, ele propôs a criação de um grupo técnico para estudar a viabilidade do projeto. A proposta do "anel energético" foi apresentada a Alejandro Toledo pelos ministros de energia do Brasil, Dilma Rouseff, da Argentina, Julio de Vido, do Uruguai, Jorge Lepra, e do Chile, Rodrigues Grossi. A construção, que teria pouco mais de 1,2 mil quilômetros, se uniria a outros dutos já existentes, demandaria um investimento de US$ 2,5 milhões e permitiria, além de reduzir os custos de produção, diminuir os riscos ambientais, destacou Toledo. O gasoduto partiria do porto de Pisco, 300 quilômetros ao sul de Lima, onde termina um duto que chega de Camisea. Dali, seguiria até a região de Topicalla, no Chile, onde faria a conexão com a rede já existente entre Chile, Argentina, Brasil e Uruguai. Se concretizado, o projeto terá capacidade de transportar cerca de 8 milhões de pés cúbicos de gás diários. Toledo ressaltou que a proposta é uma notícia alentadora para a integração sul-americana porque permite a criação de um grande mercado que daria sustentação ao crescimento econômico da região. A idéia dos quatro países surgiu diante dos problemas políticos enfrentados pela Bolívia, tradicional exportador de hidrocarbonetos da América do Sul. Toledo sugeriu que a Bolívia se integre à comissão técnica a ser formada. "Creio que é prudente fazer isso e não vejo maiores dificuldades", disse, lembrando que já conversou sobre o assunto com o recém-empossado presidente boliviano, Eduardo Rodrigues. O presidente peruano rebateu as especulações de que a jazida de Camisea não teria capacidade de produção suficiente para abastecer mais esses parceiros - estão previstas exportações de gás também ao México e à Baixa Califórnia. "Temos o gás suficiente que os países vizinhos precisam", assegurou.

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