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Dyogo Oliveira afirma que desconhece indicação de Levy para presidência do BNDES

'Não estou informado', afirmou o atual presidente do BNDES em evento de startups na Fiesp, em São Paulo

Foto do author Cynthia Decloedt
Por Cynthia Decloedt (Broadcast)
Atualização:

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Dyogo de Oliveira, afirmou não ter conhecimento da informação de que Joaquim Levy será indicado para ocupar a presidência do banco de fomento. "Não estou informado", disse após participar do evento Acelerastartup na Fiesp, em São Paulo.

Conforme a colunista Sonia Racy, comenta-se nos corredores do Banco Mundial em Washington, que Levy será o novo presidente do BNDES. O ex-ministro da Fazenda é atual diretor-Geral e diretor financeiro do Grupo Banco Mundial.

"Não estou informado", afirmou Dyogo Oliveira sobre a indicação de Joaquim Levy à presidência do BNDES. Foto: André Dusek/Estadão

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Ele disse que o banco já preparou toda a documentação e o rol das decisões que acredita que precisam ser tomadas, além de sugestões para melhorar o desempenho da instituição nos próximos anos.

"Não acredito que haverá descontinuidade, porque a plataforma do novo governo se assemelha com o que o atual governo vem se posicionando", disse. Nesse sentido, Oliveira citou o apoio ao setor de infraestrutura, concessões, PPPs e desestatização. "Essas linhas principais fazem parte do enunciado do próximo governo", destacou.

'Palavra do presidente eleito de levantar sigilos só pode ser tomada como incentivo'

Oliveira ainda afirmou que as indicações recentes do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) sobre "abrir o sigilo" das operações de crédito do banco de fomento são um incentivo para o trabalho que vem sendo feito desde 2016 em direção à transparência.

"As palavras do presidente eleito só podem ser tomadas como incentivo e apoio às iniciativas que temos tomado ao longo dos últimos anos de abrir completamente as informações do BNDES", afirmou.

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Bolsonaro afirmou na semana passada que abrirá sigilos do BNDES em sua primeira semana de trabalho. A Polícia Federal indiciou âmbito da Operação Bullish, os ex-ministros do PT Guido Mantega e Antonio Palocci por supostas irregularidades na instituição financeira, bem como o ex-presidente do BNDES Luciano Coutinho e o empresário Joesley Batista, da JBS.

Ele disse reconhecer que o BNDES precisa se comunicar melhor com a sociedade sobre a aplicação de seus recursos, lembrando que o banco vem fazendo isso desde 2016. "Não há sigilo de informações para nenhum órgão de controle.

Oliveira frisou que o BNDES abriu todas as informações sobre crédito interno e externo e inclusive gerenciais, relativos a contratos, carreiras e remunerações, as quais estão disponíveis no site.

O presidente do BNDES acrescentou ainda que no dia 27 será anunciada uma nova plataforma de transparência, resultado de um trabalho feito junto com o Tribunal de Contas da União (TCU), com mais alguns detalhes relativo aos desembolsos e avaliações atualizadas das empresas investidas e valor dos desinvestimentos já feitos. De acordo com Oliveira, essa atualização não terá impacto no patrimônio do banco. O trabalho focado na transparência foi iniciado na gestão Temer, destacou.

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