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É cedo para estudar aumento da meta de inflação, diz Palocci

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, disse hoje que é cedo para decidir se há necessidade de aumentar a meta de inflação para este ano. Ele afirmou que é preciso mais tempo para avaliar o comportamento dos preços administrados, sobre os quais a política monetária não consegue influir. Por isso, segundo ele, quando os preços administrados sobem mais do que o esperado há mudanças de expectativas. Palocci disse, porém, que ainda não há uma confirmação de que os preços administrados apresentam comportamento fora do previsto, pois há perspectiva de redução do preço do petróleo e do câmbio. "Por esse ponto de vista não há motivo de preocupação no médio prazo. Mas vamos ser cautelosos e avaliar as coisas, porque um dia após o outro o petróleo cai e o dólar se valoriza. O nosso otimismo tem de ser maior. Não nossa euforia, mas nosso otimismo", afirmou. O ministro disse não saber quando a recente queda na cotação do dólar começará a interferir mais diretamente nas taxas de inflação, mas descartou qualquer tipo de intervenção no câmbio. "Nós temos duas metas em nossa política econômica: a redução da relação dívida/PIB e da inflação. Não temos meta cambial", afirmou. "O câmbio vai encontrar o seu ponto, não interessa se é A ou B." Palocci afirmou também que o Brasil "não tem pressa em voltar a emitir títulos no mercado externo". Segundo ele, a viagem dos integrantes da equipe econômica aos Estados Unidos e à Europa para conversar com investidores são encontros de rotina e não necessariamente indicam e eminência de uma nova emissão. "Não estamos pressionados para voltar ao mercado internacional, mas visitá-los não é ruim. Vamos avaliar a necessidade e o momento.?

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