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É de interesse do novo governo manter Fraga por meses, diz Malan

O processo de aprovação do nome do diretor do BC é demorado, lembrou o ministro da Fazenda a investidores dos EUA. Por isso, Armínio Fraga poderá ficar pelo menos até março no cargo.

Por Agencia Estado
Atualização:

O ministro da Fazenda, Pedro Malan, disse hoje na capital dos Estados Unidos que é de interesse do próximo governo preservar Armínio Fraga à frente do BC por diversos meses. "Acho que o novo governo, seja qual for, quando se aprofundar (no processo legislativo que regula o BC) verá que será de seu interesse preservar Fraga no cargo por diversos meses, pelo menos até o início de 2003", disse Malan a empresários, investidores, banqueiros e analistas, na conferência sobre economia brasileira promovida hoje pela Câmara de Comércio Brasil Estados Unidos. Segundo Malan, há muitas razões para isso. Ele lembrou que o nome do presidente do BC tem de ser submetido ao Congresso e aprovado por uma comissão especial do Senado. "O Congresso não funciona em janeiro e começa a trabalhar em fevereiro. Normalmente, o novo Senado levará pelo menos um mês para compor os vários comitês, com os diferentes partidos disputando as presidências de comissões no Senado e na Câmara", afirmou Malan. "É muito improvável que o novo presidente do BC, se submetido ao Congresso em 1º de janeiro de 2003, tenha seu nome aprovado pelo Senado antes do fim de março", acrescentou. Segundo ele, é por essa razão que é razoável dizer que Fraga ficará no cargo até, pelo menos, março. "Mas não vou mencionar de que ano", brincou Malan, arrancando risadas da platéia. Ele lembrou ainda que há uma outra possibilidade: a de que o novo presidente eleito peça a FHC que indique um novo presidente para o BC a ser submetido ao Congresso ainda em 2002. "Isso evitaria precisamente esse processo de aprovação que acabei de descrever", afirmou Malan. Já Armínio Fraga, que estava presente na mesa de palestrantes, disse que, mais do que prestar atenção a nomes de pessoas, o mercado deveria observar o fato de que a instituição BC continuará funcinando sob os mesmos princípios sólidos.

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